Não se pode separar tempo e espaço, pois estes são conceitos complementares e indivisíveis. O tempo é um rio que corre mansamente por vales tranqüilos e carrega os nossos sonhos para o destino que nos foi traçado, pendendo ora para um lado, ora para outro, à sombra de montanhas majestosas, as quais contorna com sabedoria ou é uma estrada rígida como as ferrovias, que vão de estação em estação, mas que talvez permitam o retorno a uma estação de partida?
Uma lei da física estabelece que você pode determinar com exatidão onde um corpo está, mas não a sua velocidade. Da mesma forma, caso você opte por determinar exatamente a velocidade, não conseguirá o mesmo com a sua posição. Isso poderá ser correlato com o relacionamento humano, ou seja, quando você conseguir saber a posição de alguém, não terá como saber para onde está indo ou a sua exata intenção. Não que as pessoas sejam falsas, mas que a nossa percepção e enfoques são naturalmente divergentes. Talvez isso explique as dificuldades que encontramos nos relacionamentos. Quando tudo são flores, costumamos achar que a pessoa está ou se posiciona ou, ainda, está indo para onde queremos que vá, numa convergência de intenções. Quando tudo isso passa, enxergamos uma imagem um pouco mais próxima da realidade, tendemos a achar que aquela pessoa mudou e já não era quem conhecemos um dia. Conjecturas apenas. (JDF)
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