sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

FISIOLOGIA DO AMOR

Minha gratidão IMORTAL ao Prof. Miguel, meu ex-orientador de Mestrado:




Paixão é uma questão sensorial, afirma Miguel Arcanjo Áreas.
A paixão é uma questão sensorial, por isso ela explode e acaba rapidamente. A afirmação foi feita pelo professor Miguel Arcanjo Áreas, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, que iniciou sua aula magistral nesta quarta-feira (6), no Ciclo Básico 1 da Unicamp, cantando a música Espelhos d'água, de Beto Guedes. Alunos sentados até nas escadas e corredores da sala se animaram com o evento, que contou com uma exposição multimídia, em que foram exibidos vídeos e músicas.

O evento ocorreu no âmbito do projeto “Aulas Magistrais”, idealizado pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da Unicamp. “Nós convidamos professores da Universidade para dar aulas sobre um assunto que querem e dominam. Depois as aulas são disponibilizadas na internet de modo a formar um banco de dados de conteúdo em português”, relatou o pró-reitor de Graduação, Marcelo Knobel antes da aula.

Referência no IB por suas aulas e por seu entusiasmo ao ensinar Fisiologia e Biofísica, Áreas abordou os três tópicos da palestra à luz da fisiologia, ciência que identifica o fenômeno fisiológico e busca sua explicação no organismo íntegro. De forma lúdica o docente falou sobre as substâncias mobilizadas no corpo humano, quando as pessoas se apaixonam, amam e se relacionam sexualmente. “A gente se apaixona por uma imagem que formamos ao longo do tempo. Quando uma pessoa parecida com esse padrão que criei passa por mim, me apaixono por ela. O que leva a gente a se apaixonar? Feniletilamina e serotonina.” Estas substâncias são hormônios produzidos pelo corpo no cérebro, cujos níveis variam de acordo com a presença da pessoa que é objeto da paixão.

O amor, por sua vez, é conduzido pelos hormônios dopamina, ocitocina e vasopressina. “Estas substâncias são liberadas por estímulos dos quais eu não tenho controle. Sou refém do amor. O amor transcende o sensorial.” Já o comportamento sexual envolve todos os sentidos, além da expressão corporal e da história de vida dos amantes.

Fonte: Portal Unicamp
Texto e foto: Talita Matias