terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Coração ganha novo aliado contra infartos
A vida é intrigante, fascinante, e a cada dia nos mostra uma faceta que ainda não conhecíamos,ou nem sequer damos importância.
Quem não se lembra da Nitroglicerina?
É aquele explosivo...
Quando usado inadvertidamente por indivíduos ignorantes nos assunto, ou por pessoas sem escrúpulos, há uma explosão!!!
Lendo o texto abaixo, percebemos que tudo tem outro ângulo, outro lado...
Há um lado ruim quando não sabemos manipular o assunto ou algo, e, há o lado bom quando usamos as técnicas adequadas ao manuseio...
Claro que minha MENTE intrigante que NUNCA MENTE, faz as reflexões do assunto e vem à tona:
QUANDO VOCÊ ESTIVER EXPLODINDO DE RAIVA, LEMBRE-SE: talvez você esteja usando inadequadamente a vida a seu favor!
QUANDO ESTIVER EXPLODINDO DE ALEGRIA, LEMBRE-SE: talvez você esteja usando inadequadamente a euforia!
QUANDO ESTIVER EXPLODINDO DE DESEJO, LEMBRE-SE: talvez você esteja usando inadequadamente seu momento do AGORA!
QUANDO ESTIVER EXPLODINDO DE SAUDADES, LEMBRE-SE: talvez você tenha usado adequadamente sua alma!
QUANDO ESTIVER EXPLODINDO DE VONTADE DE FAZER AO PRÓXIMO O QUE QUER QUE FAÇAM A VOCÊ, LEMBRE-SE: Você está usando ADEQUADAMENTE sua vida!
QUANDO ESTIVER EXPLODINDO DE PENSAMENTOS A SEREM ESCRITOS, LEMBRE-SE: escreva porque um dia o que você escrever poderá ser usado por você!!!!
Luciana (20/12/2011)
Estudo publicado na Science Translational Medicine, com participação de bolsista da FAPESP, descreve nova molécula que inibe os efeitos prejudiciais ao coração promovidos pela tolerância à nitroglicerina
Coração ganha novo aliado contra infartos
(12/12/2011 -Por Mônica Pileggi - Agência FAPESP)
Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, com participação de bolsista da FAPESP, descreve uma molécula que, administrada juntamente com a nitroglicerina, pode evitar infartos mais graves decorrentes da tolerância ao composto.
A nitroglicerina é um composto químico explosivo obtido a partir da reação de nitração da glicerina. Além de sua aplicação em explosivos, o composto é utilizado na medicina há séculos como vasodilatador no tratamento de dores no peito, conhecidas como angina. O tratamento também é utilizado nas salas de emergência de hospitais, quando pacientes chegam com sinais de infarto agudo de miocárdio.
Entretanto, os benefícios da nitroglicerina para o coração estão limitados pelo desenvolvimento de tolerância ao composto. Na pesquisa, realizada no Departamento de Química e Biologia de Sistemas da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, o brasileiro Julio Cesar Batista Ferreira e o chinês Lihan Sun, doutorandos na instituição, descobriram que a intolerância à nitroglicerina não se deve somente à perda do efeito vasodilatador do medicamento.
Segundo Ferreira, quando precedido do infarto do miocárdio, o uso sustentado de nitroglicerina pode causar efeitos devastadores ao coração. O estudo foi coordenado pela professora Daria Mochly-Rosen.
A tolerância à nitroglicerina é resultado da inativação da aldeído-desidrogenase 2 (ALDH2), uma enzima essencial para a proteção cardíaca em humanos e animais vítimas de infartos. O trabalho teve seus resultados publicados no início do mês na Science Translational Medicine.
O estudo verificou que a molécula ALDA-1, também descoberta pelos pesquisadores de Stanford, é capaz de manter o funcionamento de ALDH2 e evitar efeitos deletérios decorrentes da tolerância à nitroglicerina durante o ataque cardíaco.
Ferreira fez Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP), com bolsas da FAPESP, e está atualmente em Stanford. Em 2012, retornará à USP, após ter sido aprovado em concurso para lecionar no Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas.
De acordo com Ferreira, ao ser administrada junto à nitroglicerina, a ALDA-1 mantém a enzima ALDH2 ativada durante o infarto do miocárdio, inibindo os efeitos prejudiciais ao coração da tolerância à nitroglicerina.
“Em casos de dores no peito e infarto, médicos costumam administrar a nitroglicerina em ciclos on/off – de 16 horas com o fármaco e 8 horas sem –, na tentativa de mascarar o efeito de tolerância. Mas esse período prolongado leva à inativação da ALDH2, fator que eleva as chances de um infarto mais grave”, disse à Agência FAPESP.
O pesquisador explica que a ALDH2 é uma enzima mitocondrial cujas funções são essenciais no sistema cardiovascular, entre as quais catalisar a conversão da nitroglicerina ao vasodilatador óxido nítrico e remover aldeídos tóxicos produzidos durante o infarto do miocárdio.
“Com a inibição dessa enzima pelo excesso de nitroglicerina, esses aldeídos se acumulam no coração e passam a se ligar a proteínas, lipídios e ao DNA, resultando na morte celular durante o infarto do miocárdio. Com a ALDH2 ativada, é possível remover com mais facilidade esses aldeídos, minimizando os danos ao coração”, disse Ferreira.
O estudo foi feito em ratos. Após a administração da nitroglicerina por 16 horas, os pesquisadores induziram infarto do miocárdio nos animais e observaram que o grupo com nitroglicerina apresentou disfunção cardíaca maior do que os demais ao longo de três semanas após o infarto.
“Porém, quando administramos a nitroglicerina combinada à ALDA-1, os efeitos deletérios da tolerância ao medicamento não se manifestaram”, destacou.
O artigo ALDH2 Activator Inhibits Increased Myocardial Infarction Injury by Nitroglycerin Tolerance (doi: 10.1126/scitranslmed.3002067), de Júlio Cesar Batista Ferreira e outros, pode ser lido por assinantes da Science Translational Medicine em http://stm.sciencemag.org/content/3/107/107ra111.abstract
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
RESTRIÇÃO AO CONSUMO DE GLÚTEN
A recomendação para a restrição de consumo de glúten vem sendo adotada de forma indiscriminada por inúmeros nutricionistas, o que levou o Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3) a promover um encontro científico (Projeto Ponto e Contra Ponto) para discussão do tema. Este encontro reuniu adeptos de diferentes condutas envolvendo o tema “Quando Retirar o Glúten da Dieta”, que foi amplamente exposto e discutido, tendo sido acordado que a eliminação do glúten da dieta só deve acontecer mediante diagnóstico clínico confirmado de doença celíaca, de dermatite herpetiforme, de alergia ao glúten, ou quando, eliminada a hipótese de doença celíaca, haja diagnóstico clínico confirmado de sensibilidade ao glúten (também denominada como intolerância ao glúten–não celíaca).
Esta conclusão esta respaldada por:
- Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008. Disponível em:
http://www.funcionali.com/php/admin/uploaddeartigos/Consenso%20Brasileiro%20sobre%20Alergia%20Alimentar.pdf
- American Dietetic Association (ADA). Celiac disease (CD). Evidence based nutrition practice guideline. Chicago (IL): American Dietetic Association (ADA); 2009. Various p. [341 references]. Disponível em: http://www.guideline.gov/content.aspx?id=14854
- Ciclitira PJ. Management of celiac disease in adults. UpToDate. Last literature review version 19.3: 2011. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/management-of-celiac-disease-in-adults
Diante destas evidências este Regional determina aos nutricionistas inscritos no CRN-3, a adoção das seguintes diretrizes quanto às recomendações para consumo de glúten:
1- A recomendação indiscriminada para restrição ao consumo de glúten não encontra atualmente respaldo na ciência da nutrição e está em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar (2007);
2- A recomendação de restrição de consumo de glúten deve ser destinada aos pacientes com diagnóstico clínico confirmado de doença celíaca, de dermatite herpetiforme, de alergia ao glúten, ou quando, eliminada a hipótese de doença celíaca, haja diagnóstico clínico confirmado de sensibilidade ao glúten (também denominada como intolerância ao glúten–não celíaca). Deve-se salientar que o diagnóstico clínico é de competência exclusiva do médico;
3- O descumprimento dessa diretriz oferece indícios de infringência ao Código de Ética do Nutricionista por desrespeito ao Princípio Fundamental explicitado no seu artigo 1º e pelo descumprimento do artigo 6º, inciso VI, sujeitando os infratores a Processo Disciplinar e às penalidades previstas na legislação.
CRN-3
Colegiado 2011-2014
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461, 3º andar, Torre Sul - Jd. Paulistano
São Paulo - SP
Esta conclusão esta respaldada por:
- Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008. Disponível em:
http://www.funcionali.com/php/admin/uploaddeartigos/Consenso%20Brasileiro%20sobre%20Alergia%20Alimentar.pdf
- American Dietetic Association (ADA). Celiac disease (CD). Evidence based nutrition practice guideline. Chicago (IL): American Dietetic Association (ADA); 2009. Various p. [341 references]. Disponível em: http://www.guideline.gov/content.aspx?id=14854
- Ciclitira PJ. Management of celiac disease in adults. UpToDate. Last literature review version 19.3: 2011. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/management-of-celiac-disease-in-adults
Diante destas evidências este Regional determina aos nutricionistas inscritos no CRN-3, a adoção das seguintes diretrizes quanto às recomendações para consumo de glúten:
1- A recomendação indiscriminada para restrição ao consumo de glúten não encontra atualmente respaldo na ciência da nutrição e está em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar (2007);
2- A recomendação de restrição de consumo de glúten deve ser destinada aos pacientes com diagnóstico clínico confirmado de doença celíaca, de dermatite herpetiforme, de alergia ao glúten, ou quando, eliminada a hipótese de doença celíaca, haja diagnóstico clínico confirmado de sensibilidade ao glúten (também denominada como intolerância ao glúten–não celíaca). Deve-se salientar que o diagnóstico clínico é de competência exclusiva do médico;
3- O descumprimento dessa diretriz oferece indícios de infringência ao Código de Ética do Nutricionista por desrespeito ao Princípio Fundamental explicitado no seu artigo 1º e pelo descumprimento do artigo 6º, inciso VI, sujeitando os infratores a Processo Disciplinar e às penalidades previstas na legislação.
CRN-3
Colegiado 2011-2014
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461, 3º andar, Torre Sul - Jd. Paulistano
São Paulo - SP
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Mulheres entraram na ciência pela cozinha
16/11/2011
Por Elton Alisson
Agência FAPESP
A cozinha franqueou a entrada das mulheres no laboratório científico – o marco da ciência moderna que se transformou em um espaço eminentemente masculino, onde algumas delas se destacaram a duras penas em áreas que até então não atraiam a atenção dos homens.
A avaliação foi feita por Ana Maria Alfonso-Goldfarb, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na penúltima edição do Ciclo de Conferências Ano Internacional da Química – 2011, realizada em 9 de novembro no auditório da FAPESP com o tema “A contribuição de Marie Curie para a ciência e um olhar sobre o papel das mulheres cientistas”.
De acordo com Goldfarb, foi por meio da habilidade de atear e controlar o fogo para preparar os alimentos – considerada uma atividade difícil e propriamente feminina – que as mulheres ajudaram a desenvolver até meados da Idade Média uma série de produtos. Entre eles estão os primeiros destiladores, extratos, além de perfumes, medicamentos, pomadas e licores.
“A cozinha era um espaço restrito para a maioria das mulheres. E foi entre a preparação de caldos e guisados que elas começaram a praticar o trabalho de laboratório desenvolvendo uma série de produtos que, posteriormente, passaram a ser utilizados por médicos e botânicos, na maioria das vezes se apropriando das descobertas femininas e não lhes atribuindo o devido crédito”, disse.
Segundo a pesquisadora, foi entre os séculos 16 e 17, quando o prelo se tornou importante e aumentou a circulação dos livros, que a “medicina da cozinha” ou “química das damas”, como foi denominado esse trabalho realizado pelas mulheres nos laboratórios-cozinha da época, ganhou maior importância.
Algumas delas, que tinham mais posses ou importância social, começaram a publicar livros com seus nomes. Uma delas foi a rainha Henrietta Maria (1609-1669), da Inglaterra, que financiou a edição do livro The Queen’s Closet Opened.
Entretanto, essa fase, que durou entre 50 e 60 anos, acabou justamente no momento em que surgiram os laboratórios, que marcaram a ciência moderna. “Como decorrência desse fato, as mulheres começam a voltar discretamente para a cozinha”, disse Goldfarb.
Já no século 18 surgiram os grandes salões literários, onde as mulheres ditaram o tom. Porém, de acordo com a pesquisadora, elas não tinham acesso às sociedades científicas ou aos grupos restritos de cientistas da época, onde a ciência, de fato, era feita.
Em função disso, são raros os exemplos de mulheres que conseguiram ter algum destaque, ainda que superficial, na ciência realizada nessa época. Alguns dos poucos exemplos são os da madame Émilie du Châtelet (1706-1749) e de Marie Anne Pierrete Paulze (1758-1836), a madame de Lavoisier.
Já entre os séculos 19 e 20 se iniciou o processo de educação científica feminina nos países saxônicos e anglo-saxônicos a conta-gotas, quando as primeiras mulheres conseguiram ter acesso aos colleges. Porém, a maioria que conseguia se formar acabava voltando para casa frustrada, por não conseguir trabalhar.
Como saída, algumas delas direcionaram suas carreiras para áreas que estavam passando por uma reformulação de bases ou emergindo, e que demandavam um trabalho fastidioso de cálculos e observações que não raro duravam meses. Entre essas áreas estavam a cristalografia, a astronomia e a radioatividade.
“Foram nessas áreas que sobrou espaço para as mulheres e nas quais elas foram recebidas, porque tinham que ser abnegadas e dedicadas para realizar um trabalho duro, pesado e que repelia o sexo masculino”, explicou Goldfarb.
Não por acaso, Marie Curie (1867-1934) se tornou a primeira mulher a ser laureada com o Prêmio Nobel de Química, em 1911, e o de Física, em 1903, que dividiu com seu marido, Pierre Curie (1859-1906) e com Antoine Henri Becquerel (1852-1908), justamente por suas pesquisas sobre radioatividade.
A filha da cientista polonesa radicada francesa, Irène Joliot-Curie (1897-1956), tornou-se a segunda mulher a ganhar o Nobel de Química, em 1934, com o marido Frédéric Joliot-Curie (1900-1958), pela descoberta da radioatividade artificial.
E as outras duas únicas mulheres que receberam o prêmio Nobel de Química, entre os 159 laureados com a honraria – a egípcia, radicada inglesa, Doroty Crowfoot Hodgkin (1910-1994) e a israelense Ada Yonath –, foram premiadas por pesquisas em cristalografia.
Marie Curie
De acordo com Goldfarb, além de Marie Curie, outras mulheres de sua época foram indicadas ao prêmio Nobel. Porém, a cientista francesa conseguiu se distinguir das demais e não se tornar mais uma “ilustre desconhecida” na história da ciência, além de sua genialidade, pela maneira como conseguiu projetar sua imagem.
“Ela era, de fato, talentosa, abnegada, uma fábrica de ideias, e soube potencializar isso como poucas mulheres. Ela registrava tudo e sempre aparece nas fotografias da época atarefada e compenetrada, observando ou realizando experimentos”, disse Goldfarb.
Além disso, Curie soube escolher os homens certos. O marido, Pierre Curie, que a conheceu na Universidade de Sorbonne, onde era professor de física, tinha uma enorme admiração por ela. E seu orientador, Becquerel, com quem o casal dividiu o Nobel de Física, era uma figura complacente, que facilitou muito o seu trabalho de pesquisa.
“Ela conseguiu penetrar o núcleo duro da ciência da época, sem dúvida, pelo trabalho, excelência e dedicação à pesquisa. Mas, também, com muita estratégia”, avaliou.
A cientista só conseguiu atrair a atenção de Pierre para suas pesquisas sobre radioatividade quando Gabriel Lippman (1845-1921), que era supervisor dela em Sorbonne, leu seu primeiro trabalho na Academia de Ciências de Paris, na qual ela não foi aceita como membro.
O trabalho só foi reconhecido e passou a ser discutido pela comunidade científica da época quando Pierre assinou juntamente com ela os resultados.
“Esse reconhecimento científico só ocorreu quando se formou a figura do casal. E esse fato tem uma relação direta com uma noção de gênero que havia na época, chamada de complementaridade sexual, que está relacionada com a longa história do isolamento da mulher das práticas laboratoriais”, disse Gabriel Pugliese, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), durante o evento.
Segundo Pugliese, por essa noção de gênero da época, o homem era vinculado à política, ao espaço público, enquanto a mulher estava restrita à esfera privada, aos trabalhos domésticos. Uma complementaridade de funções que está ilustrada na própria forma como Marie e Pierre Currie dividiram o trabalho de pesquisa sobre a radioatividade.
Enquanto Marie ficou encarregada de realizar os experimentos para purificar os elementos radioativos (o trabalho “doméstico”), Pierre foi incumbido de estudar as radiações emitidas pelas substâncias químicas (o trabalho de laboratório).
“Isso também tem relação com a noção de laboratório como cozinha, em que Marie Curie aparece como aquela que faz os experimentos, uma auxiliar do Pierre, enquanto ele faz o trabalho mais prestigioso de pensar e cumprir o ofício de chefe do laboratório, procurando recursos e estabelecendo relações com outros cientistas”, disse Pugliese.
“A intenção dos organizadores do Nobel, na época, era premiar apenas Becquerel e Pierre, mas esse último, ao saber disso, recusou-se a receber o prêmio sem dividi-lo com Marie”, disse.
Homenagem à FAPESP
Durante a abertura da penúltima edição do Ciclo de Conferências Ano Internacional da Química – 2011, a FAPESP recebeu uma homenagem pelos seus 50 anos, que completará em maio de 2012, da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
A homenagem, feita na forma de uma escultura, criada pela artista plástica Sara Rosemberg, batizada de “Rosa dos ventos”, foi entregue por Vanderlan da Silva Bolzani, professora do Instituto de Química de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e membro do comitê nacional de atividades do Ano Internacional da Química 2011, da SBQ, a Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
Cruz agradeceu a homenagem em nome da FAPESP e cumprimentou Bolzani pela organização do Ciclo de Conferências Ano Internacional de Química – 2011, além da comunidade de química do Estado de São Paulo e todos os pesquisadores da área pelo trabalho que têm realizado em prol da ciência brasileira.
“Muitas vezes lutando e vencendo de forma imaginativa diversos tipos de obstáculos, os químicos brasileiros vêm produzindo ciência que é competitiva mundialmente em vários dos centros de pesquisa que nós temos no Estado de São Paulo e no Brasil”, disse.
Promovido pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ) em parceria com a revista Pesquisa FAPESP, o Ciclo de Conferências Ano Internacional da Química – 2011 integrou as comemorações oficiais do Ano Internacional da Química, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês).
O ciclo foi coordenado por Bolzani e por Mariluce Moura, diretora de redação de Pesquisa FAPESP.
Música como ciência
Especiais
04/11/2011
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Além de astrônomo, físico, matemático e filósofo, Galileu Galilei (1564-1642) também tinha formação em música, sobre a qual chegou a escrever em um de seus tratados teóricos. Porém, a concepção musical do cientista italiano era muito diferente da de seu pai, o músico prático e teórico Vincenzo Galilei (1533-1591).
Ao contrário do que Galileu e alguns teóricos musicais defendiam no século 16, Vincenzo demonstrou que a música não poderia ser embasada nas ideias pitagóricas abstratas vigentes na época de razões de números inteiros, mas sim no fenômeno físico sonoro.
Essa contribuição do pai de Galileu para a história da música e da ciência é relatada no livro Vincenzo Galilei contra o número sonoro, publicado em setembro com apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
Resultado do projeto de doutorado em história da ciência da pesquisadora Carla Bromberg, realizado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo com Bolsa da FAPESP, o livro aborda um período anterior à Revolução Científica sobre o qual, segundo a autora, há poucos estudos na história da ciência.
“O século 16 costuma ser anexado ao 17 na historiografia da ciência e suas características acabam sendo negligenciadas”, disse Bromberg à Agência FAPESP. “Esse período tem uma importância muito grande para a história da ciência porque nele foram escritos tratados teóricos sobre áreas chamadas de subalternas, como a música e a ótica, em que os autores demonstram um descontentamento com relação à natureza de suas ciências e propuseram discussões que levaram à reclassificação delas.”
Em alguns desses tratados teóricos, Vincenzo Galilei questiona os fundamentos matemáticos da música. Na época, a área não era classificada sobre uma base sonora, medida por meio de unidades de frequência, por exemplo, mas sobre uma base matemática, sendo entendida como um “número sonoro”.
“Embora existisse na época tanto a música teórica como a prática, a teórica seguia uma tradição platônico-pitagórica, que era defendida por Galileu e alguns teóricos musicais, cujo fundamento era aritmético”, explicou Bromberg.
Segundo ela, por meio de uma série de demonstrações, cálculos matemáticos e argumentos filosóficos, Vincenzo provou a ineficácia da base matemática para a música.
Para isso, o músico, que tocava alaúde, realizou diversos estudos sobre o comportamento dos materiais e os instrumentos musicais da época. E, utilizando a filosofia de Aristóteles (384-322 a.C.) conseguiu estabelecer uma nova fundamentação para a música que, na época, era considerada como ciência.
“Esse fato é bastante interessante porque a história da ciência do século 17 diz que foi quando se rejeitou o método aristotélico é que se conseguiu desenvolver uma nova concepção moderna de ciência”, disse Bromberg.
“No caso de Vincenzo Galileu, no século 16, foi justamente se valendo da filosofia de Aristóteles que ele conseguiu descobrir conceitos e desenvolver uma teoria para tirar a música do pedestal da matemática e conduzi-la para o campo da acústica”, disse.
Contribuições musicais
De acordo com Bromberg, uma das principais características musicais do repertório do século 16 era a polifonia – composições musicais escritas para várias vozes independentes uma das outras, porém com o mesmo grau de importância.
Por meio de diversos tratados, Vincenzo Galileu começou a unificar esse sistema musical de múltiplas vozes independentes e a transformá-lo em um sistema mais parecido com o existente hoje, composto por escalas musicais diatônicas (que possuem um determinado tom em relação a uma nota musical principal).
Em função disso, pode-se dizer que o músico se antecipou à publicação em 1722 de “O cravo bem temperado”, por Johann Sebastian Bach (1685-1750). Na obra, o compositor alemão desenvolveu um conjunto de composições para o instrumento de teclado utilizando a escala diatônica como “tempero” para calcular intervalos entre notas musicais.
“Por causa dessa prática das escalas diatônicas, ele conseguiu calcular intervalos musicais, com razões matemáticas, que não eram adotados pelos teóricos da época dele. Ele mostra que a música tem na matemática apenas sua instrumentalização, mas que não pode ter sua definição e seus conceitos baseados nela”, disse Bromberg.
Não se sabe se Galileu, que provavelmente também tocava alaúde, aceitou a teoria musical do pai, cujo trabalho não foi bem recebido em sua época, sendo pela primeira vez reconhecido pelo filósofo natural Marin Mersenne (1588-1648) no século 17 e citado na “Primeira história da música italiana do século 18”, de Giovanni Battista Martini (1706-1784).
“Alguns historiadores da ciência começaram a tentar relacionar o trabalho musical entre pai e filho nas décadas de 1960 e 1970. Mas, provavelmente, Galileu não aproveitou os novos conceitos musicais que Vincenzo elaborou”, disse Bromberg.
Vincenzo Galilei contra o número sonoro
Autora: Carla Bromberg
Lançamento: 2011
Mais informações: livrariadafisica.com.br/detalhe_produto.aspx?id=102157.
04/11/2011
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Além de astrônomo, físico, matemático e filósofo, Galileu Galilei (1564-1642) também tinha formação em música, sobre a qual chegou a escrever em um de seus tratados teóricos. Porém, a concepção musical do cientista italiano era muito diferente da de seu pai, o músico prático e teórico Vincenzo Galilei (1533-1591).
Ao contrário do que Galileu e alguns teóricos musicais defendiam no século 16, Vincenzo demonstrou que a música não poderia ser embasada nas ideias pitagóricas abstratas vigentes na época de razões de números inteiros, mas sim no fenômeno físico sonoro.
Essa contribuição do pai de Galileu para a história da música e da ciência é relatada no livro Vincenzo Galilei contra o número sonoro, publicado em setembro com apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
Resultado do projeto de doutorado em história da ciência da pesquisadora Carla Bromberg, realizado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo com Bolsa da FAPESP, o livro aborda um período anterior à Revolução Científica sobre o qual, segundo a autora, há poucos estudos na história da ciência.
“O século 16 costuma ser anexado ao 17 na historiografia da ciência e suas características acabam sendo negligenciadas”, disse Bromberg à Agência FAPESP. “Esse período tem uma importância muito grande para a história da ciência porque nele foram escritos tratados teóricos sobre áreas chamadas de subalternas, como a música e a ótica, em que os autores demonstram um descontentamento com relação à natureza de suas ciências e propuseram discussões que levaram à reclassificação delas.”
Em alguns desses tratados teóricos, Vincenzo Galilei questiona os fundamentos matemáticos da música. Na época, a área não era classificada sobre uma base sonora, medida por meio de unidades de frequência, por exemplo, mas sobre uma base matemática, sendo entendida como um “número sonoro”.
“Embora existisse na época tanto a música teórica como a prática, a teórica seguia uma tradição platônico-pitagórica, que era defendida por Galileu e alguns teóricos musicais, cujo fundamento era aritmético”, explicou Bromberg.
Segundo ela, por meio de uma série de demonstrações, cálculos matemáticos e argumentos filosóficos, Vincenzo provou a ineficácia da base matemática para a música.
Para isso, o músico, que tocava alaúde, realizou diversos estudos sobre o comportamento dos materiais e os instrumentos musicais da época. E, utilizando a filosofia de Aristóteles (384-322 a.C.) conseguiu estabelecer uma nova fundamentação para a música que, na época, era considerada como ciência.
“Esse fato é bastante interessante porque a história da ciência do século 17 diz que foi quando se rejeitou o método aristotélico é que se conseguiu desenvolver uma nova concepção moderna de ciência”, disse Bromberg.
“No caso de Vincenzo Galileu, no século 16, foi justamente se valendo da filosofia de Aristóteles que ele conseguiu descobrir conceitos e desenvolver uma teoria para tirar a música do pedestal da matemática e conduzi-la para o campo da acústica”, disse.
Contribuições musicais
De acordo com Bromberg, uma das principais características musicais do repertório do século 16 era a polifonia – composições musicais escritas para várias vozes independentes uma das outras, porém com o mesmo grau de importância.
Por meio de diversos tratados, Vincenzo Galileu começou a unificar esse sistema musical de múltiplas vozes independentes e a transformá-lo em um sistema mais parecido com o existente hoje, composto por escalas musicais diatônicas (que possuem um determinado tom em relação a uma nota musical principal).
Em função disso, pode-se dizer que o músico se antecipou à publicação em 1722 de “O cravo bem temperado”, por Johann Sebastian Bach (1685-1750). Na obra, o compositor alemão desenvolveu um conjunto de composições para o instrumento de teclado utilizando a escala diatônica como “tempero” para calcular intervalos entre notas musicais.
“Por causa dessa prática das escalas diatônicas, ele conseguiu calcular intervalos musicais, com razões matemáticas, que não eram adotados pelos teóricos da época dele. Ele mostra que a música tem na matemática apenas sua instrumentalização, mas que não pode ter sua definição e seus conceitos baseados nela”, disse Bromberg.
Não se sabe se Galileu, que provavelmente também tocava alaúde, aceitou a teoria musical do pai, cujo trabalho não foi bem recebido em sua época, sendo pela primeira vez reconhecido pelo filósofo natural Marin Mersenne (1588-1648) no século 17 e citado na “Primeira história da música italiana do século 18”, de Giovanni Battista Martini (1706-1784).
“Alguns historiadores da ciência começaram a tentar relacionar o trabalho musical entre pai e filho nas décadas de 1960 e 1970. Mas, provavelmente, Galileu não aproveitou os novos conceitos musicais que Vincenzo elaborou”, disse Bromberg.
Vincenzo Galilei contra o número sonoro
Autora: Carla Bromberg
Lançamento: 2011
Mais informações: livrariadafisica.com.br/detalhe_produto.aspx?id=102157.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
TRATADO DO MERECIMENTO
(Louise L. Hay)
Sou merecedora.
Mereço tudo que é bom.
Não uma parte, não um pouquinho, mas tudo que é bom.
Agora me afasto de todos os pensamentos negativos restritos.
Liberto e deixo ir as limitações de meus pais.
Eu os amo e vou além deles.
Não sou suas limitações negativas, nem suas crenças cerceadoras
Não sou contida por nenhum medo ou preconceito da sociedade em que vivo.
Não me identifico mais com limitação nenhuma.
Em minha mente sou livre!
Agora me transporto para um novo espaço de consciência, onde estou disposta a me Ver de maneira diferente.
Estou decidida a criar novos pensamentos sobre mim mesma e minha vida.
Meu novo modo de pensar torna-se uma nova experiência.
Eu agora sei e afirmo que sou uno com o Poder de Prosperidade do Universo.
Assim, prospero de inúmeras maneiras.
Está diante de mim a totalidade das possibilidades.
Mereço vida, uma boa vida.
Mereço amor, uma abundância de amor.
Mereço boa saúde.
Mereço viver com conforto e prosperar.
Mereço alegria e felicidade.
Mereço a liberdade de ser tudo o que posso ser.
Mereço mais do que isso!
Mereço tudo que é bom!
O Universo está mais do que disposto a manifestar minhas novas crenças.
Aceito essa vida abundante com alegria, prazer e gratidão, pois eu sou merecedora!
Eu a aceito, e sei que é verdadeira. E assim é!
Amém!
( Quem diria... Alguém com a mente, a alma, um Bambu, uma bolinha de tênis, um tapete no chão, algumas bolas de tamanhos diferentes, algumas massagens em pontos estratégicos e pronto: eis que FICAMOS NOVAS!!!! SEM DORES NO CORPO E NA ALMA... Obrigada ODENISE, sei que EU MEREÇO ter você nessa minha NOVA VIDA!!!! Luciana)
Sou merecedora.
Mereço tudo que é bom.
Não uma parte, não um pouquinho, mas tudo que é bom.
Agora me afasto de todos os pensamentos negativos restritos.
Liberto e deixo ir as limitações de meus pais.
Eu os amo e vou além deles.
Não sou suas limitações negativas, nem suas crenças cerceadoras
Não sou contida por nenhum medo ou preconceito da sociedade em que vivo.
Não me identifico mais com limitação nenhuma.
Em minha mente sou livre!
Agora me transporto para um novo espaço de consciência, onde estou disposta a me Ver de maneira diferente.
Estou decidida a criar novos pensamentos sobre mim mesma e minha vida.
Meu novo modo de pensar torna-se uma nova experiência.
Eu agora sei e afirmo que sou uno com o Poder de Prosperidade do Universo.
Assim, prospero de inúmeras maneiras.
Está diante de mim a totalidade das possibilidades.
Mereço vida, uma boa vida.
Mereço amor, uma abundância de amor.
Mereço boa saúde.
Mereço viver com conforto e prosperar.
Mereço alegria e felicidade.
Mereço a liberdade de ser tudo o que posso ser.
Mereço mais do que isso!
Mereço tudo que é bom!
O Universo está mais do que disposto a manifestar minhas novas crenças.
Aceito essa vida abundante com alegria, prazer e gratidão, pois eu sou merecedora!
Eu a aceito, e sei que é verdadeira. E assim é!
Amém!
( Quem diria... Alguém com a mente, a alma, um Bambu, uma bolinha de tênis, um tapete no chão, algumas bolas de tamanhos diferentes, algumas massagens em pontos estratégicos e pronto: eis que FICAMOS NOVAS!!!! SEM DORES NO CORPO E NA ALMA... Obrigada ODENISE, sei que EU MEREÇO ter você nessa minha NOVA VIDA!!!! Luciana)
domingo, 13 de novembro de 2011
Escolha de Parceiros
É muito comum em Feriados prolongados, pessoas novas surgirem, pessoas antigas partirem, e pessoas amigas se reencontrarem... Novos laços de ternua são formados, reforçados e disfarçados...
Feriado prolongado dá prá ficar pensando em o que fazer da vida, o que não se quer viver e o que precia ser vivido...
Achei interessante uma frase que dá para pensarmos, e refletirmos...
Depois de lê-la sua vida será outra, e seu feriado também....rsrsrsrsrs
Boa leitura! Bom recomeço de vida!!!!!! (Luciana)
... Eva Pierrakos comenta que " a maneira mas frequente de se tentar remediar a situação ocorre na escolha dos parceiros. Inconscientemente você saberá como escolher no parceiro aspectos semelhantes aos daqueles dentre os pais que mais deixou a desejar em afeição e amor reais e genuínos. Mas você também busca no seu parceiro aspectos do outro, o que chegou mais perto de corresponder às suas exigências.Conquanto seja importante encontrar ambos os pais representados nos seus parceiros, ainda mais importante e mais fácil descobrir aqueles aspectos que representam aquele que o feriu e desapontou particularmente."
(Apostila IX- IPEC - 2011, de Leila Mendes da Rocha e Antonio Carlos D. Abreu)
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A FARMÁCIA DE DEUS
Estive na Farmácia de Deus.
Local tranquilo, várias prateleiras com portas de vidro, circundando as paredes; um balcão de madeira à frente, também rodeando o ambiente todo...
Tudo muito parecido com as fotos que já vi, de Famácias antigas, quando ainda eram chamadas de PHARMACIA.
O atendente do balcão era meu Anjo da Guarda. Me perguntou o que eu queira levar dali.
Olhei melhor para as prateleiras para ver o que me interessaria, e percebi que haviam vidros grandes, rotulados com Sentimentos e Atitudes...
Achando tudo aquilo interessante, eu comecei escolher:
- quiz a COMPREENSÃO, a ALEGRIA, a ACEITAÇÃO DAS ATITUDES DAS PESSOAS QUE AMO, a HUMILDADE.
Como forma de pagamento, eu deveria também entregar Sentimentos ou Atitudes...
Eu não lembro o que entreguei...???... Claro que entreguei:
a) minha falta de entendimento da minha vida;
b) minhas lágrimas em meus momentos de angustia;
c) minha tristeza por não saber como aceitar;
d) minha postura rígida de sábia;
2) minha insegurança.
Ao passar no pacote, percebi que tinha 1 vidro a mais para mim.
Meu Anjo da Guarda disse: - como você deu a mais que seu pedido, recebe o TROCO neste vidro!
Peguei o grande vidro e li no rótulo PERDÃO.
Então entendi que tudo que tive, tenho e pedi, precisa de PERDÃO!
(Luciana/Eu - 6/11/2011)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Peso para a saúde do coração
Especiais - 03/11/2011 - Por Elton Alisson - Agência FAPESP
Pessoas com baixo peso ao nascer, mas que desenvolvem obesidade durante a infância ou na vida adulta, têm maior risco de apresentar doenças cardiovasculares e resistência à insulina – fator de risco para diabetes.
Uma das razões para essa associação, destacada em diversos estudos nos últimos anos e que ainda não está completamente elucidada, pode estar na alteração dos níveis de proteínas (adipocitocinas) produzidas pelo tecido adiposo e que funcionam como fatores de proteção ou, inversamente, de risco para doenças cardiovasculares.
A constatação foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por meio de um projeto realizado com apoio da FAPESP.
A pesquisa envolveu uma avaliação de 547 crianças, de 6 a 12 anos de idade, de uma escola no município de Embu, na Grande São Paulo. Foram caracterizados o peso ao nascer, antecedentes familiares para doenças cardiovasculares, estado nutricional, pressão arterial e perfil lipídico, de glicemia, insulina e de adipocitocinas, entre outros indicadores.
Por meio de exames laboratoriais, verificou-se que cerca de 30% das crianças apresentavam alto grau de sobrepeso ou de obesidade, associados a fatores como o aumento do colesterol e da pressão arterial. As crianças com peso mais baixo ao nascer apresentaram níveis mais elevados de triglicérides, ácido úrico e do índice HOMA, que está relacionado à resistência à insulina.
A partir da comparação das crianças obesas ou com sobrepeso e com baixo peso ao nascer com as de peso normal no nascimento, os pesquisadores também observaram que as primeiras tinham níveis mais baixos de determinadas adiponectinas – uma classe de adipocitocinas que protege contra diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
Mas esse primeiro grupo apresentou níveis mais elevados de outras adipocitocinas, que atuam como marcadores inflamatórios e endoteliais e são indicadores de risco de doenças cardiovasculares.
“Com isso, conseguimos verificar de modo parcial a associação entre o baixo peso ao nascer com o maior risco de doença cardiovascular na vida adulta”, disse Maria Wany Louzada Strufaldi, professora da Unifesp e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Segundo ela, a pesquisa abre uma nova perspectiva para explicar pelo aspecto inflamatório a associação entre baixo peso ao nascer com sobrepeso ou obesidade e riscos de doenças cardiovasculares, cujos mecanismos ainda não estão claros.
“Ninguém sabe exatamente qual criança irá desenvolver doença cardiovascular. Sabemos dos fatores de risco, mas em que momento isso pode acontecer, ou mesmo se irá ocorrer, ainda não está claro”, disse.
Sinais de alerta
Os pesquisadores também avaliaram os níveis de resistina apresentados pelas crianças com sobrepeso ou obesidade e baixo peso ao nascer. Estudos anteriores apontaram que a resistina teria a função inversa da adiponectina. Entretanto, na nova pesquisa, a proteína não foi identificada como um fator de proteção ou de risco para doença cardiovascular e não se mostrou associada com outros marcadores inflamatórios ou com o peso ao nascimento das crianças avaliadas.
“Isso mostra como é complexo elucidar os mecanismos que estão por trás da associação entre baixo peso ao nascer, sobrepeso e obesidade e aumento de risco de doença cardiovascular. Há muitos caminhos para tentarmos desvendar quais fatores interferem ou não nessa questão”, avaliou Strufaldi.
O grupo da Unifesp pretende investigar se os mecanismos que observaram na pesquisa também se reproduzem de forma expressiva em crianças com doenças crônicas, como a asma.
Por meio disso, além de tentar encontrar uma explicação fisiopatológica para possíveis mecanismos inflamatórios associados ao peso de nascimento, também se pretende obter uma aplicação clínica.
“A partir do aumento da prevalência de doenças crônicas, como a obesidade, o diabetes e a própria asma, esses estudos são importantes para que os pediatras possam identificar sinais de alerta e realizar exames mais precocemente ou mais detalhados em certas crianças”, disse Strufaldi.
Pessoas com baixo peso ao nascer, mas que desenvolvem obesidade durante a infância ou na vida adulta, têm maior risco de apresentar doenças cardiovasculares e resistência à insulina – fator de risco para diabetes.
Uma das razões para essa associação, destacada em diversos estudos nos últimos anos e que ainda não está completamente elucidada, pode estar na alteração dos níveis de proteínas (adipocitocinas) produzidas pelo tecido adiposo e que funcionam como fatores de proteção ou, inversamente, de risco para doenças cardiovasculares.
A constatação foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por meio de um projeto realizado com apoio da FAPESP.
A pesquisa envolveu uma avaliação de 547 crianças, de 6 a 12 anos de idade, de uma escola no município de Embu, na Grande São Paulo. Foram caracterizados o peso ao nascer, antecedentes familiares para doenças cardiovasculares, estado nutricional, pressão arterial e perfil lipídico, de glicemia, insulina e de adipocitocinas, entre outros indicadores.
Por meio de exames laboratoriais, verificou-se que cerca de 30% das crianças apresentavam alto grau de sobrepeso ou de obesidade, associados a fatores como o aumento do colesterol e da pressão arterial. As crianças com peso mais baixo ao nascer apresentaram níveis mais elevados de triglicérides, ácido úrico e do índice HOMA, que está relacionado à resistência à insulina.
A partir da comparação das crianças obesas ou com sobrepeso e com baixo peso ao nascer com as de peso normal no nascimento, os pesquisadores também observaram que as primeiras tinham níveis mais baixos de determinadas adiponectinas – uma classe de adipocitocinas que protege contra diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
Mas esse primeiro grupo apresentou níveis mais elevados de outras adipocitocinas, que atuam como marcadores inflamatórios e endoteliais e são indicadores de risco de doenças cardiovasculares.
“Com isso, conseguimos verificar de modo parcial a associação entre o baixo peso ao nascer com o maior risco de doença cardiovascular na vida adulta”, disse Maria Wany Louzada Strufaldi, professora da Unifesp e coordenadora do projeto, à Agência FAPESP.
Segundo ela, a pesquisa abre uma nova perspectiva para explicar pelo aspecto inflamatório a associação entre baixo peso ao nascer com sobrepeso ou obesidade e riscos de doenças cardiovasculares, cujos mecanismos ainda não estão claros.
“Ninguém sabe exatamente qual criança irá desenvolver doença cardiovascular. Sabemos dos fatores de risco, mas em que momento isso pode acontecer, ou mesmo se irá ocorrer, ainda não está claro”, disse.
Sinais de alerta
Os pesquisadores também avaliaram os níveis de resistina apresentados pelas crianças com sobrepeso ou obesidade e baixo peso ao nascer. Estudos anteriores apontaram que a resistina teria a função inversa da adiponectina. Entretanto, na nova pesquisa, a proteína não foi identificada como um fator de proteção ou de risco para doença cardiovascular e não se mostrou associada com outros marcadores inflamatórios ou com o peso ao nascimento das crianças avaliadas.
“Isso mostra como é complexo elucidar os mecanismos que estão por trás da associação entre baixo peso ao nascer, sobrepeso e obesidade e aumento de risco de doença cardiovascular. Há muitos caminhos para tentarmos desvendar quais fatores interferem ou não nessa questão”, avaliou Strufaldi.
O grupo da Unifesp pretende investigar se os mecanismos que observaram na pesquisa também se reproduzem de forma expressiva em crianças com doenças crônicas, como a asma.
Por meio disso, além de tentar encontrar uma explicação fisiopatológica para possíveis mecanismos inflamatórios associados ao peso de nascimento, também se pretende obter uma aplicação clínica.
“A partir do aumento da prevalência de doenças crônicas, como a obesidade, o diabetes e a própria asma, esses estudos são importantes para que os pediatras possam identificar sinais de alerta e realizar exames mais precocemente ou mais detalhados em certas crianças”, disse Strufaldi.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Io, Uruguai e coincidências...
Ainda non coneci alguem para pagar me mis pensamientos....rsrsr
Porem a ca fui tiamada para fazer MAMA MIA....rsrsrsr E tpotei!!!
Verdadera marravia... Mi vida, o Urugaui e meu filme MAMA E PAPOS MIOS:::::
rsarsrsrsr
Acredito que estar abaixo do Brasil é apenas rir de mim mesma... Tanto tempo de dor, de viciados pensamentos, agora tudio nuevo!!!!
Simplesmente MAria era novela, agora SIMPLESMENTE LUTIANA A RZONHA:::.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
URUGUAI MI TERRA, MI AMORE...
Quando se està de cabeca quente, nao se deve fazer nada...
Deve-se pegar um aviao e vir para o Uruguai.
Terra de gente bonita, hospitaleira, de muito frio e muito vinho...
Que delicia andar de bibicleta e conhecer Punta del Este pelas proprias pernas...
Poucas pessoas poderao ter a chance que estou me dando: conhecer algo, alguem, por mim, para mim e comigo sempre!!! Ès mui bono estar comigo!!! aNDAR POR 2 HORAS PELAS RUAS DE pUNTA È COMO ESTAR NO PARAISO SEM TER PASSADO PELA MORTE...
mAS PARA QUEM ENTENDE POR PALAVRAS, PASSEI PELA MORTE!
Como Deus è pai, deixou que o Hotel fosse pròximo de tudo: tudo que precisamos: lavanderia, restaurante, supermercado, shopping e umas casa de aluguel de bibicleta...
Depois da morte voltei a andar de bicicleta... E filmando tudo op que via...
Nao entendo como a moca do Comer Rezar e amar, pode ter alguem bancando ela por algum tempo.... Estou pedindo a Deus que quem sabe alguem se interesse pelos meus pensamentos, pelas minhas palavras e pelo meu entusiasmo de viver... talvez eu fique por aqui algum tempo... Andando de bibicleta, sem esperar ser atropelada por um grande amor: nao esquecam que ja fui sofrida de batida de Feneme... E aqui no Uruguai o que espero è apenas viver...............
Viver ès isso: olhar pro ceu, agradecer sempre por poder ter a vida de desfrutar de tudo que vejo....
Bjos bjitos e que tal uno vino, quessos, bejos e mui caricias... Depos rir, degustar o que si tem de mehor: IO!!!
Aqui to falando tudio... AMOR è mui belo!
Vino ès mui bono,
Bike ès tesouro...
Mui gratias por estar aqui....
Ui
Deve-se pegar um aviao e vir para o Uruguai.
Terra de gente bonita, hospitaleira, de muito frio e muito vinho...
Que delicia andar de bibicleta e conhecer Punta del Este pelas proprias pernas...
Poucas pessoas poderao ter a chance que estou me dando: conhecer algo, alguem, por mim, para mim e comigo sempre!!! Ès mui bono estar comigo!!! aNDAR POR 2 HORAS PELAS RUAS DE pUNTA È COMO ESTAR NO PARAISO SEM TER PASSADO PELA MORTE...
mAS PARA QUEM ENTENDE POR PALAVRAS, PASSEI PELA MORTE!
Como Deus è pai, deixou que o Hotel fosse pròximo de tudo: tudo que precisamos: lavanderia, restaurante, supermercado, shopping e umas casa de aluguel de bibicleta...
Depois da morte voltei a andar de bicicleta... E filmando tudo op que via...
Nao entendo como a moca do Comer Rezar e amar, pode ter alguem bancando ela por algum tempo.... Estou pedindo a Deus que quem sabe alguem se interesse pelos meus pensamentos, pelas minhas palavras e pelo meu entusiasmo de viver... talvez eu fique por aqui algum tempo... Andando de bibicleta, sem esperar ser atropelada por um grande amor: nao esquecam que ja fui sofrida de batida de Feneme... E aqui no Uruguai o que espero è apenas viver...............
Viver ès isso: olhar pro ceu, agradecer sempre por poder ter a vida de desfrutar de tudo que vejo....
Bjos bjitos e que tal uno vino, quessos, bejos e mui caricias... Depos rir, degustar o que si tem de mehor: IO!!!
Aqui to falando tudio... AMOR è mui belo!
Vino ès mui bono,
Bike ès tesouro...
Mui gratias por estar aqui....
Ui
domingo, 2 de outubro de 2011
REFLEXÕES PARA MIM E PARA QUEM PENSA...
(Como passou a emoção da batida, fiquei sem Vontade de acabar a história dos carros batidos, mas me fiz uma reflexão, quem sabe sirva para qualquer uma pessoa que saiba pensar!!!rsrsrsrsr Luciana)
Depois de um tempo você entende que fantasia precisa ser vivida...
Tira a fantasia que colocaram em você...
Até acha engraçado algumas fantasias que usou...
Volta a usar fantasias que acreditou serem boas para você...
Sabe que você não precisa de fantasias com quem é real com você
Despede-se de quem não é real...
Sabe que a vida requer alguns momentos de máscara...
Entende que pessoas também usam máscaras...
Segue em frente, porque o AMANHÃ EXISTE!
Depois de um tempo você entende que fantasia precisa ser vivida...
Tira a fantasia que colocaram em você...
Até acha engraçado algumas fantasias que usou...
Volta a usar fantasias que acreditou serem boas para você...
Sabe que você não precisa de fantasias com quem é real com você
Despede-se de quem não é real...
Sabe que a vida requer alguns momentos de máscara...
Entende que pessoas também usam máscaras...
Segue em frente, porque o AMANHÃ EXISTE!
sábado, 1 de outubro de 2011
UMA BATIDA E MUITAS REFLEXÕES...
A vida nos prega peças...
Esta semana por volta das 21:30 horas, após um dia de trabalho, depois de um banho gostoso, de um jantar preparado com amor e na companhia de uma das minhas melhores amiga, minha filha mais nova, vivendo em "estado de graça", ouvimos um grande barulho: uma batida! Será mais uma batida na esquina do meu apartamento???
Corremos para a janela da sala, local de onde vejo a Lua e o céu lindo, não conseguimos ver a batida, e fomos para outra janela, e agora ouço um alarme de carro e digo: meu Deus, filha bateram no seu carro!
Saio correndo para colocar uma roupa e chamo o elevador.
Neste momento parece que todo mundo do meu prédio tem a mesma idéia, e ao invés do elevador descer e me levar prá terra, ele começa subindo e pegando pessoas...
pessoas que eu nunca vi neste tempo que moro lá, mas que nos olhavamos e falávamos como se fossemos conhecidos...
Quando cheguei na terra, na porta do prédio vejo que o carro da minha filha acabou!!! Na hora não sabia se chorava ou se fazia o quê... Pergunto se há vítimas, e sou informada que ninguém machucou.
AGRADEÇO A DEUS E VEJO COMO HÁ ACONTECIMENTOS NA VIDA QUE NÃO SABEMOS EXPLICAR, MAS QUE HÁ A MÃO DE DEUS!
Impressionante! Dois carros se chocam e fazem do carro da filha, uma sanfona...
Aquele carro que era usado para levá-la a cursos, passeios e distrações, agora servia de anteparo para evitar a morte de alguém!
Foi graças ao carro dela que o Air Bag do rapaz abriu e ele não morreu!
Coisas que mais uma vez não sabemos explicar, mas olhando do ALTO com certeza há explicação. Nossa visão é rasteira e tem um foco só. Do ALTO v~e-se o futuro e presente com passado...
Tanta gente na rua, conversando, amparando nas frases, na fala, ouvindo e trocando idéias...
PERCEBO COMO O SER HUMANO É FRATERNO NAS HORAS DE TRAGÉDIAS.. O QUE SIGNIFICA QUE A CENTELHA DIVINA EM TODOS NÓS APARECE QUANDO PRECISA E QUANDO DEIXAMOS DESABROCHAR...
Após horas de delegacia para realizar Boletim de Ocorrência,
falta acabar a históriA...
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Transformando-se com a ajuda do outro...
Usando o artigo da Fapesp (Transformar gordura ruim em boa), de interesse científico, postado anterior a essa postagem, resolvi publicar algo de interesse a TODOS que TÊM algo para resolver...
TRANSFORMAR ALGO RUIM EM BOM É O QUE TODOS NÓS DEVEMOS FAZER.
NÃO IMPORTA SE DEMOREMOS PARA REALIZAR,
IMPORTA QUE REALIZEMOS A TRANSFORMAÇÃO!
SE DEPENDER DO OUTRO, VÁ ATRÁS!
COLOQUE-SE NO LUGAR DELE, SINTA COMO SE FOSSE ELE,
E DEIXE SEU CORAÇÃO FALAR...
OUÇA O QUE O OUTRO DIZ,
SEJA CAPAZ DE OUVIR O OUTRO.
PERCEBA QUE ENGANOS EXISTEM,
E CONTINUARÃO EXISTINDO, MESMO QUE VOCÊ NÃO OS FAÇA!
SE O OUTRO NÃO QUISER FALAR, DEIXE-O EM SILÊNCIO,
MAS NÃO CALE VOCÊ PELO OUTRO!
FALE SEM JULGAMENTOS E SEM A PRESUNÇÃO DE SER MELHOR QUE O OUTRO.
FALE APENAS QUE QUER SE TRANSFORMAR EM ALGUÉM BOM!
LEMBREMO-NOS QUE O MUNDO (TERRA) DEPENDE DO NOSSO MUNDO MENTAL,
E QUE DEVEMOS:
FAZER AO PRÓXIMO O QUE QUEREMOS QUE O PRÓXIMO FAÇA A NÓS!
O RESTO DEIXA PRÁ LÁ!
TRANSFORMAR-SE PARA UMA VIDA MELHOR É TAMBÉM DEIXAR A GORDURA DO "MAL ESTAR" DERRETER E VIR À TONA MÚSCULOS DE VONTADE DE VIVER!!!!
Luciana (21/9/2011)
Transformar gordura ruim em boa
08/09/2011 -Agência FAPESP
Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.
O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.
O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.
A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.
Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.
Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.
“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.
O artigo White to Brown Fat Phenotypic Switch Induced by Genetic and Environmental Activation of a Hypothalamic-Adipocyte Axis (doi:10.1016/j.cmet.2011.06.02), de Matthew J. During e outros, pode ser lido por assinantes da Cell Metabolism em www.cell.com/cell-metabolism.
Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.
O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.
O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.
A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.
Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.
Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.
“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.
O artigo White to Brown Fat Phenotypic Switch Induced by Genetic and Environmental Activation of a Hypothalamic-Adipocyte Axis (doi:10.1016/j.cmet.2011.06.02), de Matthew J. During e outros, pode ser lido por assinantes da Cell Metabolism em www.cell.com/cell-metabolism.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
EU, A EDUCAÇÃO E A ALIMENTAÇÃO
Naquela época você fazia as pessoas acreditarem que deixar de comer em nome de Deus era a salvação...
Lutou tanto...
Acreditou tanto...
Brigou muito!
Lutou pelo que acreditava!
Fez as pessoas(muitas delas, talvez milhares) acreditarem que NÃO COMER ERA A SALVAÇÃO!.............
CONVOCOU as pessoas para a FOME
Depois veio religiosa pedindo a Deus para dar o que comer aos pobres e sofredores, doentes do caminho...
Claro que o refeitório da igreja tinha como prato único: SOPA!
Você implorava aos pobres e doentes para que tomassem a SOPA!
Agora vem ensinando o poder de alimentar-se corretamente...
Lutando para que COMAM!
Pedindo que não usem SOPA! Que sopa só em 2 ocasiões: morte ou vida...
Aconselhando pessoas a COMEREM CORRETAMENTE!
VOCÊ AGORA PEDE QUE COMAM, mas as pessoas ainda vêem você mandando comerem!!!!
COMO VOCÊ MELHOROU NESTAS VIDAS....
AGORA HÁ ESTRADAS QUE NÃO PRECISAM SER DESBRAVADAS,
HÁ PESSOAS SEDENTAS DA SUA FALA,
HÁ QUEM QUEIRA DEGUSTAR UMA BOA REFEIÇÃO,
HÁ QUEM NÃO PRECISA MANDAR,
NÃO PRECISA MAIS OBEDECER...
ENFIM PERCEBE-SE QUE VOCÊ AGORA DÁ CAMINHOS E ABRE CAMINHOS ATRAVÉS DA PAZ DE CONSCIÊNCIA!
Lembre-se de que Deus sempre esteve com você, você é quem usava ELE de forma conveniente a você!
Agora você PEDE, porque exigiu muito!
Com o tempo verá outras estradas que sempre levarão ao mesmo lugar de origem: lá!
iSSO TUDO ME FEZ RIR MUITO HOJE 12/9/2011!
Eu não tinha percebido a ironia das coincidências...
Só Deus prá deixar eu rir de mim mesma nestas vidas...
VALEU DEUS!
Luciana
domingo, 28 de agosto de 2011
A Reencarnação, o Feixe de Luz e NÒS!!!
Acabei de ler na Edição Impressa da FAPESP de agosto 2011 o artigo: Feixe de luz reconhece composição química de espécies (Dinorah Ereno.http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4492&bd=1&pg=1&lg=)
Gostaria de parabenizar os pesquisadores, a jornalista que escreveu a matéria, porque podemos usar essa informação para para nossa vida.
... Pelo novo método, um feixe de luz no infravermelho próximo – segmento do espectro eletromagnético entre 800 e 2.500 nanômetros – aliado a um modelo estatístico consegue identificar com precisão, e em poucos segundos, qual é a espécie vegetal analisada. “Quando a energia incide sobre a matéria há uma vibração das moléculas”, relata o professor Jez Willian Braga, da Universidade de Brasília, que participou do estudo. São essas moléculas que fornecem o espectro que está diretamente relacionado à composição química de uma determinada madeira.
SE UM FEIXE DE LUZ É CAPAZ DE IDENTIFICAR UMA QUALIDADE DE MADEIRA, IMAGINEMOS COMO IDENTIFICAMOS E SOMOS IDENTIFICADOS PoR SERES DE LUZ QUE SOMOS TODOS NÓS...
AFINAL TEMOS DEUS EM NÓS, A CENTELHA DIVINA QUE BRILHA EM NÓS QUANDO INCIDE SOB OUTRA CRIATURA, AS MOLÉCULAS SE MOVIMENTAM TÃO RÁPIDO EM NOSSO SER, QUE POR UM INSTANTE VOLTAMOS AO PASSADO QUE NEM SABEMOS QUAL FOI...
DIFERENÇA ENTRE NÓS E AS ÁRVORES PESQUISADAS PELA FAPESP, É QUE SOMOS UM POUCO MAIS EVOLUÍDAS QUE ELAS, PORQUE JÁ ESTAMOS NA CONDIÇÃO DE PENSAR...
Pensar faz a diferença em nossas vidas...
Cedê o inconsciente de FREUD, ou como trazer à consciência algo tão antigo??? É isso: nossas moléculas se movem na direção do que precisamos realizar... Ou talvez não tenhamos resolvido agora, mas há muiiiiito tempo atrás..
É o passado agora vivendo conosco no presente e no futuro, que é agora, e que há instantes foi passado...
Moléculas que reconhecem sentimentos que trazemos na alma....
Tenham atenção com seus pensamentos, todos têm forma e são reconhecidos no ar por outros seres que entendem nossas moléculas...LUCIANA
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
As Lições de Regina Brett
(Depois de ler, reler e meditar me vem na mente:
AS VEZES A GENTE PENSA QUE O TEMPO NÃO PASSOU E ELE JÁ ACABOU!
OUTRAS VEZES A GENTE ACHA QUE ESTÁ COMEÇANDO UM NOVO TEMPO, MAS NA REALIDADE ESTAMOS CONTINUANDO...
DOI MUITO QUANDO PENSAMOS QUE O TEMPO ACABOU E ELE NEM MESMO EXISTIU...
MAS NA PRÓXIMA OPORTUNIDADE A GENTE FAZ O TEMPO E AI SIM, ACERTA, COM CERTEZA!Luciana)
Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no
The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."
Portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiça-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. Busque a Deus, Ele pode te ajudar.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”
AS VEZES A GENTE PENSA QUE O TEMPO NÃO PASSOU E ELE JÁ ACABOU!
OUTRAS VEZES A GENTE ACHA QUE ESTÁ COMEÇANDO UM NOVO TEMPO, MAS NA REALIDADE ESTAMOS CONTINUANDO...
DOI MUITO QUANDO PENSAMOS QUE O TEMPO ACABOU E ELE NEM MESMO EXISTIU...
MAS NA PRÓXIMA OPORTUNIDADE A GENTE FAZ O TEMPO E AI SIM, ACERTA, COM CERTEZA!Luciana)
Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no
The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.
"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."
Portanto aqui vai a coluna mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiça-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. Busque a Deus, Ele pode te ajudar.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.”
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Alergias perturbam o humor
Imunologia - Edição Impressa - Agosto 2011
Na manhã de 5 de julho passado, uma terça-feira, Aline olhou para a mãe em busca de apoio para enfrentar um medo antigo. Aos 11 anos, era a segunda vez na vida que experimentava leite de vaca. Da primeira, ela não se lembra, porque só tinha 3 meses de idade. Mas sua mãe não tem boas recordações. Quinze minutos depois de tomar uma mamadeira, adicionada às mamadas ao peito para ajudar a ganhar peso, Aline começou a passar mal. Manchas vermelhas brotaram na pele, o peito passou a chiar e o corpo amoleceu. Só no hospital Roselaine Aragão descobriu que Aline tinha alergia a leite.
Por recomendação médica, as mamadeiras foram eliminadas, mas o pediatra não avisou que a lista de produtos proibidos incluía, além do leite, seus derivados. Três meses mais tarde Aline teve outra crise alérgica depois de duas ou três colheradas de um alimento infantil que, a mãe não sabia, também levava leite de vaca. De lá para cá, só aumentaram as restrições. Biscoito não pode, chocolate não pode e sorvete também não. Pizza, só sem queijo. E até com o sabonete e os medicamentos é preciso tomar cuidado porque podem conter leite. Roselaine passou a ler bulas de remédios e rótulos dos alimentos e a preparar comida sem nenhum tipo de laticínio. Na casa, nem o gato bebia leite, porque imediatamente Aline começava a se coçar. “Se alguém comia pizza ou abria uma caixa de leite por perto, eu logo ficava com medo. Pensava: ‘Vou passar mal’”, conta a garota, que mora em Mairinque, a 70 quilômetros de São Paulo, e desde junho viaja com a mãe às terças-feiras até a capital para um tratamento que promete mudar sua vida.
No Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Aline e um grupo restrito de pessoas – cerca de três a cada mês – passam por uma terapia chamada dessensibilização, que tenta domar a resposta disparada pelo sistema de defesa contra componentes dos alimentos. Como em outras alergias, o sistema imune de quem tem hipersensibilidade a algum alimento costuma reagir de modo exagerado, provocando sinais que vão de uma incômoda coceira na pele ou um ruidoso ataque de espirros a dores abdominais. Mais raramente pode haver queda brusca da pressão arterial, provocando desmaios e tontura; estreitamento das vias aéreas, que torna difícil a respiração; e, em casos extremos, o chamado choque anafilático, que pode fatal se não socorrido a tempo.
Durante o tratamento, feito sob os cuidados dos alergistas Fábio Morato Castro e Ariana Campos Yang, do Hospital das Clínicas, adultos e crianças como Aline são expostas ao longo de semanas justamente ao alimento que lhes causa alergia, reação exacerbada do sistema imune, que, mostram estudos de pesquisadores de São Paulo e Minas Gerais, ativa áreas cerebrais relacionadas à ansiedade e provoca uma inflamação leve no tecido adiposo.
Há tempos, aliás, se sabe que a alergia aos alimentos consiste em um elaborado mecanismo natural de limpeza que mobiliza os sistemas circulatório, gastrointestinal e respiratório. Mas só recentemente, a partir de estudos com animais, surgiram evidências de que o sistema nervoso central e o endócrino também participam.
Foi o grupo do imunologista Nelson Monteiro Vaz, da Universidade Federal de Minas Gerais, que nos anos 1990 obteve os primeiros indícios de que o cérebro é afetado pelas reações alérgicas e, por sua vez, as influencia. Sob a orientação de Vaz, a imunopatologista Denise Carmona Cara desenvolveu um modelo experimental em que camundongos eram expostos repetidas vezes a alérgenos de alimentos, como ocorre com quem tem alergia, e observou que as crises alérgicas afetavam o comportamento dos bichos.
Depois de tornar camundongos sensíveis ao ovo, ela os colocou em uma gaiola com dois tipos de bebida disponíveis: água pura ou água açucarada contendo ovoalbumina (proteína causadora de alergia). Como todo roedor, os camundongos sem alergia preferiram a água adoçada. Os alérgicos até experimentaram das duas garrafas, mas depois dos primeiros sinais da alergia deixaram de lado a bebida doce e passaram a tomar água pura. Era um sinal de que, de algum modo, a atividade do sistema imune estava influenciando o comportamento dos animais – e os levando a evitar o que não fazia bem. Denise conseguiu ainda induzir o mesmo comportamento em animais saudáveis ao injetar-lhes soro de camundongos com alergia.
Anos mais tarde, em uma série de testes comportamentais com camundongos sensibilizados pela estratégia de Denise, o neuroimunologista Alexandre Basso, então membro da equipe de João Palermo Neto na Faculdade de Medicina Veterinária da USP, demonstrou que os camundongos alérgicos eram mais ansiosos do que os sem alergia. Analisando o cérebro dos roedores, Basso notou que a exposição à ovoalbumina havia ativado duas áreas cerebrais – o hipotálamo e a amígdala – associadas ao medo e à aversão.
O que ele viu no sistema nervoso permitia explicar, ao menos em parte, os resultados de estudos populacionais feitos anos antes. Esses trabalhos, realizados em outros países, sugeriam que as pessoas com alergia a alimentos eram mais ansiosas e deprimidas do que as não alérgicas. Mas essa conexão estava incompleta.
Outros testes, feitos mais recentemente em parceria com o grupo de Momtchilo Russo, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, comprovaram que a ativação do hipotálamo e da amígdala era mediada por anticorpos. Esses componentes do sistema imune, ao acionar um tipo de célula (mastócito) localizado junto aos nervos, faziam chegar ao cérebro informações sobre a defesa do organismo. “Demonstramos que essa alteração no comportamento é uma resposta fisiológica que permite ao animal reagir rapidamente aos primeiros sinais da alergia e a evitar o alimento que faz mal”, explica Russo. Uma vez acionado, o cérebro envia ordens para os sistemas circulatório, gastrointestinal, respiratório e imunológico controlarem as reações alérgicas. “É uma reação integrada”, completa.
O cérebro, porém, é facilmente enganado. Animais alérgicos são capazes de se empanturrar com ovoalbumina, desde que oferecida de forma agradável ao paladar – para os camundongos, isso significa muito açúcar. Luciana Mirotti, da equipe de Russo, adoçou mais a água contendo ovoalbumina e observou que os roedores consumiram em 24 horas uma quantidade de alérgeno equivalente ao próprio peso. “O açúcar deve acionar no sistema nervoso um mecanismo de recompensa que permite ao animal suportar o desconforto da alergia”, diz Luciana. Esse comportamento antinatural ajuda a entender por que, às vezes, os seres humanos continuam a consumir um alimento que faz mal, mesmo que o organismo envie sinais para evitá-lo.
Quase duas décadas depois de perceber as alterações de comportamento induzidas pela alergia, Denise, agora com sua aluna Luana Dourado, identificou um novo fenômeno. Em trabalho publicado este ano na Cellular Immunology, elas demonstraram que a exposição prolongada aos alérgenos dos alimentos causa uma inflamação leve no tecido adiposo, semelhante à que ocorre na obesidade. “Ainda não sabemos se essa inflamação é passageira”, conta Denise. “Se desaparecer logo, ela pode ajudar o corpo a se livrar do que causa a alergia. Mas, se persistir, pode alterar o metabolismo das gorduras”.
Alto risco - Ante a falta de um tratamento que cure a alergia – os medicamentos controlam os sintomas –, a solução para os casos graves é a dessensibilização. Essa medida força o organismo a se adaptar aos poucos a compostos, em geral proteínas, que ele inicialmente reconhece como estranhos ao corpo e potencialmente nocivos, ainda que se encontrem nos alimentos. Quando ela dá certo – e tem funcionado em quase todos os casos atendidos no Hospital das Clínicas –, o corpo deixa de combater esses compostos e a pessoa passa a conviver em paz com porções moderadas do alimento.
O procedimento, porém, é arriscado e exige acompanhamento médico. “Só fazemos nos casos em que o risco de a pessoa entrar em contato por acidente com o alimento e morrer supera o de sofrer uma reação alérgica grave durante o tratamento”, afirma Ariana, coordenadora do Ambulatório de Alergia Alimentar da USP onde o tratamento é feito de modo experimental, embora já seja oferecido em clínicas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.
Por essa razão, antes de começar a terapia, que dura de dois a três meses, os médicos investigam por meio de testes na pele e exames de sangue a concentração máxima de determinado alimento – os mais comuns são leite, ovo, trigo e soja – com a qual o organismo pode ter contato sem desencadear uma reação alérgica. E a diluem mais. As doses diárias da solução só começam a ser ingeridas depois de tomado um medicamento antialérgico, que reduz ainda mais o risco de o sistema imune reagir.
Aline iniciou sua dessensibilização em junho, bebendo gotas de leite com água que chegavam a ser transparentes de tão diluídas, e um mês depois já tomava leite puro. Bem pouco, é verdade: só duas gotas (0,1 mililitro), que a mãe lhe pingava na boca de hora em hora com uma seringa. À medida que aumenta a tolerância do corpo ao composto alergênico, as doses se tornam mais concentradas até que no final da dessensibilização, o chamado Dia D, seja possível consumir uma porção média do alimento. A meta de Aline é em dois meses tomar 150 mililitros de leite (quase um copo) por dia, sem passar mal, e levar uma vida menos apreensiva. Daí em diante, porém, terá de consumir leite regularmente para prevenir o retorno da alergia. “Hoje ela já não sente medo quando vou preparar o leite, nem tem mais receio das crianças que correm com o copo de leite na mão durante o recreio”, conta Roselaine.
Mais comum entre crianças, a alergia aos alimentos atinge uma parcela da população adulta maior do que se imaginava. Os dados são escassos, mas levantamentos feitos nos Estados Unidos e na Europa sugerem que o mundo está se tornando mais alérgico. Em pouco mais de uma década a proporção de adultos com alergia alimentar passou de 1% a 2% para os 4% atuais. Entre as crianças, mais propensas às alergias, a taxa varia de 8% a 11% – as formas mais comuns de alergia, as respiratórias, afetam 30% da população.
Estudo com 38,4 mil crianças norte-americanas publicado em julho na revista Pediatrics mostrou que 8% delas tinham alergia a algum alimento e que, entre as alérgicas, 39% já haviam experimentado reações graves. Embora as crianças sejam as vítimas mais frequentes, são os pais que se queixam de piora na qualidade de vida. Na Inglaterra, pesquisadores da Universidade de Nottingham e da Universidade de Derby compararam a qualidade de vida de famílias que tinham crianças com alergia alimentar severa com a de famílias com filhos sem alergia. Avaliada por meio de questionários, a qualidade de vida das crianças dos dois grupos foi praticamente a mesma. Mas as restrições impostas aos filhos alérgicos afetaram o dia a dia dos pais, em especial nas relações sociais, de acordo com o trabalho, a ser publicado na Appetite. “Os pais dessas crianças vivem com a sensação iminente de que podem perder o controle sobre a saúde do filho”, conta Ariana. “E o receio aumenta quando elas começam a frequentar a escola, pois a capacidade de recusar um alimento passa a depender da maturidade delas.”
Uma das dificuldades em lidar com a alergia alimentar, afirmam os especialistas, é a imprevisibilidade. Ainda que na maioria das vezes as reações não causem problemas mais sérios que o desconforto passageiro, o grau de sensibilidade pode variar muito, e de modo que nem sempre pode ser antecipado por exames de sangue ou testes de reatividade na pele. É que a sensibilidade depende de três fatores: as características do sistema de defesa do indivíduo; as propriedades do alérgeno; e a frequência e a via de exposição a ele. Esses fatores variam muito e de modo independente, razão pela qual nem sempre quem produz número elevado de anticorpos contra o alérgeno de um alimento vai apresentar as reações clínicas mais graves ao consumi-lo. Pelo mesmo motivo, um histórico de reações alérgicas leves (manchas na pele e coceira) não garante que algo mais grave não possa acontecer.
Anos atrás Richard Pumphrey, da Enfermaria Real Britânica, rastreou os óbitos por alergia alimentar no Reino Unido de 1999 a 2006 e constatou que mais da metade das pessoas que morreram após comer o alimento a que eram alérgicas jamais haviam apresentado reações graves antes. Talvez por isso, sugere Pumphrey, seus médicos não tenham recomendado que carregassem um aplicador de adrenalina. “Como não se sabe de antemão a intensidade da reação de cada um, tratamos todos como se fossem casos graves”, diz Ariana.
Apenas oito alimentos respondem por quase 90% dos casos de alergia. No topo da lista está o leite de vaca, seguido de peixes, frutos do mar, ovo, amendoim, castanhas, trigo e soja. Calcula-se que 2,5% das crianças sejam alérgicas a leite e 1% a ovo, problemas que costumam desaparecer naturalmente até os 5 anos de idade. Já as alergias a camarões, mariscos, sardinhas, amendoim, nozes e outras castanhas aparecem mais tarde e, em muitos casos, duram toda a vida.
E já se começa a falar no aumento das alergias a alimentos que pareciam inofensivos: cenoura, salsão, pêssego, maçã, pera e kiwi. O caso mais surpreendente e insuspeito talvez seja o da alergia à mandioca, que, frita ou cozida, é fonte de carboidratos para 800 milhões de pessoas na América do Sul, na África e na Ásia. Domesticada há milhares de anos possivelmente por nativos sul-americanos, a mandioca entra na composição de vários alimentos industrializados por não deixar cheiro nem sabor marcantes e, até pouco tempo atrás, ser considerada pouco alergênica. Essa história, porém, terá de ser revista.
Em 2004 a equipe de Castro descreveu dois casos brasileiros de alergia à mandioca, que estão entre os primeiros identificados no mundo. No Ambulatório de Alergia Ocupacional do Hospital das Clínicas, o médico Clóvis Galvão atendeu, em pouco mais de um mês, duas mulheres com sensibilidade ao látex que se queixavam de ter desenvolvido uma crise alérgica depois de comer mandioca. Galvão levou os casos a Castro, coordenador do grupo de alergia do Instituto de Investigação em Imunologia, chefiado pelo imunologista Jorge Kalil, para, juntos, iniciarem uma investigação mais detalhada.
Testes imunológicos confirmaram que o organismo de quem tinha alergia ao látex, comum entre médicos, enfermeiras e funcionários do setor de limpeza, produzia anticorpos capazes de reconhecer os alérgenos da mandioca. Era um exemplo de alergia cruzada, mas faltava identificar quantos e quais eram esses alérgenos. Usando anticorpos encontrados no sangue das primeiras pacientes e de outros nove casos registrados desde então, a imunologista Keity Santos identificou cinco proteínas capazes de provocar alergia, e isolou e caracterizou uma delas. Em uma temporada no Laboratório de Diagnóstico e Tratamento de Alergia da Universidade de Salzburgo, Áustria, coordenado pela brasileira Fátima Ferreira, ela sintetizou essa proteína e demonstrou, em testes in vitro, que era inativada por anticorpos produzidos contra as proteínas do látex.
Essa proteína – a Man e 5, sigla formada a partir do nome científico da mandioca (Manihot esculenta) – tem estrutura próxima à de um dos 14 alérgenos do látex, produzido a partir da seiva da seringueira, descrevem os pesquisadores em artigo a ser publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology. “Agora que sabemos que essas proteínas da mandioca causam alergia, Keity pode tentar desenvolver uma forma de detectá-las ou destruí-las, permitindo a produção de amido livre de alérgenos”, diz Fátima, que nos últimos anos descreveu reações alérgicas a maçã, noz, avelã, salsão e cenoura em pessoas sensíveis ao pólen da bétula, árvore comum na Europa.
Duas hipóteses tentam explicar o aumento das alergias alimentares. A primeira é a facilidade do acesso a alimentos exóticos. Nunca foi tão fácil nem tão rápido viajar de um ponto a outro do planeta, o que certamente contribuiu para a internacionalização de dietas antes restritas a poucas regiões. O intervalo em que aconteceram essas mudanças, porém, pode não ter sido suficiente para o organismo humano, habituado a consumir uma variedade restrita de alimentos por centenas a milhares de anos, se adaptar aos novos alérgenos.
A segunda hipótese propõe que por trás dessa hipersensibilidade estariam algumas formas de interferência do ser humano sobre seu próprio corpo – mais especificamente sobre a digestão. A principal porta de contato humano com o mundo exterior não é a pele, como muitos podem pensar, mas os intestinos. Se fosse descolada do corpo e aberta sobre uma superfície plana, a pele cobriria meros dois metros quadrados, enquanto os intestinos ocupariam uma área 200 vezes maior, com as dimensões de mais ou menos duas quadras de tênis. É em boa medida pelos intestinos que os elementos estranhos ao organismo têm acesso ao corpo. Assim que atravessam a delicada membrana intestinal, os componentes dos alimentos e os agentes infecciosos encontram um exército de células do sistema imune aptas a reconhecer o que faz parte do organismo e pode ser incorporado e o que é estranho e deve ser eliminado.
No percurso da boca ao sangue, os alimentos são triturados, amassados e recebem um banho de ácidos e sais digestivos, ao mesmo tempo que sofrem um ataque de enzimas. O que sobra tem um tamanho tão reduzido que na maioria das vezes escapa ao radar do sistema imunológico. As proteínas, que inicialmente podem conter 200 ou mais aminoácidos, são desmontadas em sequências de apenas meia dúzia. Mas, se algo não vai bem com a digestão, fragmentos maiores podem chegar ao sangue e chamar a atenção de um grupo especial de células de defesa que, por sua vez, mobiliza as células produtoras de toxinas e de anticorpos.
Espetados na membrana dos mastócitos, células-chave nas reações alérgicas, os anticorpos funcionam como o gatilho de uma pistola pronta a disparar. Num segundo contato da proteína forasteira com os anticorpos, os mastócitos liberam compostos potentes (histamina, heparina, leucotrieno e outros) que fazem os vasos sanguíneos dilatar, a pressão arterial cair e a musculatura lisa das vias respiratórias se contrair. De quatro a seis horas mais tarde, células recrutadas do interior dos ossos chegam à região e iniciam um novo ataque, que ajuda a eliminar os agentes externos e reaviva os sintomas da alergia.
Um estudo recém-concluído pelo grupo de Castro reforça a ideia de que, entre os adultos, o aumento das alergias alimentares esteja ligado à perda da capacidade de digerir proteínas, causada pelo uso disseminado de medicamentos da classe do omeprazol, chamados de inibidores da bomba de prótons.
Em Salzburgo, Keity submeteu as proteínas alergênicas da mandioca à digestão em uma solução com a acidez estomacal normal e em outra 100 vezes menos ácida, como a do estômago de quem usa esses medicamentos contra inflamações e úlceras gástricas. No primeiro caso, as enzimas digestivas quebraram as proteínas em pedaços pequenos o suficiente para serem absorvidos pelos intestinos e circularem no sangue sem ativar as células de defesa. Já na solução menos ácida a proteína não foi bem digerida e restaram fragmentos grandes o bastante para desencadear uma resposta alérgica.
“A mandioca é consumida há milhares de anos e nunca se suspeitou de que causasse alergia”, diz Castro. “O que teria mudado recentemente?” A alteração mais perceptível apontada por alguns pesquisadores é a introdução dos inibidores da bomba de prótons no final dos anos 1980, hoje um dos medicamentos mais vendidos no mundo.
Para testar se essa medida explicaria o surgimento da alergia à mandioca, o físico Hyun Mo Yang, da Universidade Estadual de Campinas, desenvolveu para Castro um modelo matemático que permite estimar quanto tempo levaria para aparecerem os primeiros casos em uma população usando o medicamento. O resultado? Cerca de 10 anos. “É quase o tempo que passou entre a introdução do omeprazol no Brasil e a identificação dos primeiros casos”, comenta Castro, que em 2008 criou o Grupo de Estudos de Novos Alérgenos Regionais para investigar proteínas alergênicas de plantas e insetos brasileiros.
“Ainda não temos explicações claras para o que estamos observando na clínica”, diz Jorge Kalil, que, além do Instituto de Investigação em Imunologia, dirige o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração e o Instituto Butantan. “A indução da alergia pode ser um efeito não previsto desse tipo de medicamento.” Se for confirmado para a mandioca, esse efeito talvez explique o que acontece com algumas das outras 475 proteínas alergênicas encontradas em alimentos, que, ao lado de quase outras mil, estão sendo catalogadas pela bioinformata Helen Arcuri na Allergennet, base de dados on-line que reúne informações sobre as características dessas proteínas, os sinais clínicos que provocam e os testes que as detectam.
Enquanto não surgem novidades, a saída é manter distância dos alimentos que podem desencadear a alergia e, nos casos indicados, tentar a dessensibilização, como Aline. Ela, aliás, já fez uma lista do que quer provar no dia em que estiver liberada para consumir leite. Biscoito, bolo, brigadeiro, sorvete e pizza. Desta vez, com muito queijo.
Artigos científicos
1. SANTOS, K.S. et al. Allergic reactions to manioc (Manihot esculenta Crantz): Identification of novel allergens with potential involvement in latex-fruit syndrome. Journal of Allergy and Clinical Immunology. No prelo.
2. MIROTTI, L. et al. Neural pathways in allergic inflammation. Journal of Allergy. 9 fev. 2011.
Na manhã de 5 de julho passado, uma terça-feira, Aline olhou para a mãe em busca de apoio para enfrentar um medo antigo. Aos 11 anos, era a segunda vez na vida que experimentava leite de vaca. Da primeira, ela não se lembra, porque só tinha 3 meses de idade. Mas sua mãe não tem boas recordações. Quinze minutos depois de tomar uma mamadeira, adicionada às mamadas ao peito para ajudar a ganhar peso, Aline começou a passar mal. Manchas vermelhas brotaram na pele, o peito passou a chiar e o corpo amoleceu. Só no hospital Roselaine Aragão descobriu que Aline tinha alergia a leite.
Por recomendação médica, as mamadeiras foram eliminadas, mas o pediatra não avisou que a lista de produtos proibidos incluía, além do leite, seus derivados. Três meses mais tarde Aline teve outra crise alérgica depois de duas ou três colheradas de um alimento infantil que, a mãe não sabia, também levava leite de vaca. De lá para cá, só aumentaram as restrições. Biscoito não pode, chocolate não pode e sorvete também não. Pizza, só sem queijo. E até com o sabonete e os medicamentos é preciso tomar cuidado porque podem conter leite. Roselaine passou a ler bulas de remédios e rótulos dos alimentos e a preparar comida sem nenhum tipo de laticínio. Na casa, nem o gato bebia leite, porque imediatamente Aline começava a se coçar. “Se alguém comia pizza ou abria uma caixa de leite por perto, eu logo ficava com medo. Pensava: ‘Vou passar mal’”, conta a garota, que mora em Mairinque, a 70 quilômetros de São Paulo, e desde junho viaja com a mãe às terças-feiras até a capital para um tratamento que promete mudar sua vida.
No Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Aline e um grupo restrito de pessoas – cerca de três a cada mês – passam por uma terapia chamada dessensibilização, que tenta domar a resposta disparada pelo sistema de defesa contra componentes dos alimentos. Como em outras alergias, o sistema imune de quem tem hipersensibilidade a algum alimento costuma reagir de modo exagerado, provocando sinais que vão de uma incômoda coceira na pele ou um ruidoso ataque de espirros a dores abdominais. Mais raramente pode haver queda brusca da pressão arterial, provocando desmaios e tontura; estreitamento das vias aéreas, que torna difícil a respiração; e, em casos extremos, o chamado choque anafilático, que pode fatal se não socorrido a tempo.
Durante o tratamento, feito sob os cuidados dos alergistas Fábio Morato Castro e Ariana Campos Yang, do Hospital das Clínicas, adultos e crianças como Aline são expostas ao longo de semanas justamente ao alimento que lhes causa alergia, reação exacerbada do sistema imune, que, mostram estudos de pesquisadores de São Paulo e Minas Gerais, ativa áreas cerebrais relacionadas à ansiedade e provoca uma inflamação leve no tecido adiposo.
Há tempos, aliás, se sabe que a alergia aos alimentos consiste em um elaborado mecanismo natural de limpeza que mobiliza os sistemas circulatório, gastrointestinal e respiratório. Mas só recentemente, a partir de estudos com animais, surgiram evidências de que o sistema nervoso central e o endócrino também participam.
Foi o grupo do imunologista Nelson Monteiro Vaz, da Universidade Federal de Minas Gerais, que nos anos 1990 obteve os primeiros indícios de que o cérebro é afetado pelas reações alérgicas e, por sua vez, as influencia. Sob a orientação de Vaz, a imunopatologista Denise Carmona Cara desenvolveu um modelo experimental em que camundongos eram expostos repetidas vezes a alérgenos de alimentos, como ocorre com quem tem alergia, e observou que as crises alérgicas afetavam o comportamento dos bichos.
Depois de tornar camundongos sensíveis ao ovo, ela os colocou em uma gaiola com dois tipos de bebida disponíveis: água pura ou água açucarada contendo ovoalbumina (proteína causadora de alergia). Como todo roedor, os camundongos sem alergia preferiram a água adoçada. Os alérgicos até experimentaram das duas garrafas, mas depois dos primeiros sinais da alergia deixaram de lado a bebida doce e passaram a tomar água pura. Era um sinal de que, de algum modo, a atividade do sistema imune estava influenciando o comportamento dos animais – e os levando a evitar o que não fazia bem. Denise conseguiu ainda induzir o mesmo comportamento em animais saudáveis ao injetar-lhes soro de camundongos com alergia.
Anos mais tarde, em uma série de testes comportamentais com camundongos sensibilizados pela estratégia de Denise, o neuroimunologista Alexandre Basso, então membro da equipe de João Palermo Neto na Faculdade de Medicina Veterinária da USP, demonstrou que os camundongos alérgicos eram mais ansiosos do que os sem alergia. Analisando o cérebro dos roedores, Basso notou que a exposição à ovoalbumina havia ativado duas áreas cerebrais – o hipotálamo e a amígdala – associadas ao medo e à aversão.
O que ele viu no sistema nervoso permitia explicar, ao menos em parte, os resultados de estudos populacionais feitos anos antes. Esses trabalhos, realizados em outros países, sugeriam que as pessoas com alergia a alimentos eram mais ansiosas e deprimidas do que as não alérgicas. Mas essa conexão estava incompleta.
Outros testes, feitos mais recentemente em parceria com o grupo de Momtchilo Russo, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, comprovaram que a ativação do hipotálamo e da amígdala era mediada por anticorpos. Esses componentes do sistema imune, ao acionar um tipo de célula (mastócito) localizado junto aos nervos, faziam chegar ao cérebro informações sobre a defesa do organismo. “Demonstramos que essa alteração no comportamento é uma resposta fisiológica que permite ao animal reagir rapidamente aos primeiros sinais da alergia e a evitar o alimento que faz mal”, explica Russo. Uma vez acionado, o cérebro envia ordens para os sistemas circulatório, gastrointestinal, respiratório e imunológico controlarem as reações alérgicas. “É uma reação integrada”, completa.
O cérebro, porém, é facilmente enganado. Animais alérgicos são capazes de se empanturrar com ovoalbumina, desde que oferecida de forma agradável ao paladar – para os camundongos, isso significa muito açúcar. Luciana Mirotti, da equipe de Russo, adoçou mais a água contendo ovoalbumina e observou que os roedores consumiram em 24 horas uma quantidade de alérgeno equivalente ao próprio peso. “O açúcar deve acionar no sistema nervoso um mecanismo de recompensa que permite ao animal suportar o desconforto da alergia”, diz Luciana. Esse comportamento antinatural ajuda a entender por que, às vezes, os seres humanos continuam a consumir um alimento que faz mal, mesmo que o organismo envie sinais para evitá-lo.
Quase duas décadas depois de perceber as alterações de comportamento induzidas pela alergia, Denise, agora com sua aluna Luana Dourado, identificou um novo fenômeno. Em trabalho publicado este ano na Cellular Immunology, elas demonstraram que a exposição prolongada aos alérgenos dos alimentos causa uma inflamação leve no tecido adiposo, semelhante à que ocorre na obesidade. “Ainda não sabemos se essa inflamação é passageira”, conta Denise. “Se desaparecer logo, ela pode ajudar o corpo a se livrar do que causa a alergia. Mas, se persistir, pode alterar o metabolismo das gorduras”.
Alto risco - Ante a falta de um tratamento que cure a alergia – os medicamentos controlam os sintomas –, a solução para os casos graves é a dessensibilização. Essa medida força o organismo a se adaptar aos poucos a compostos, em geral proteínas, que ele inicialmente reconhece como estranhos ao corpo e potencialmente nocivos, ainda que se encontrem nos alimentos. Quando ela dá certo – e tem funcionado em quase todos os casos atendidos no Hospital das Clínicas –, o corpo deixa de combater esses compostos e a pessoa passa a conviver em paz com porções moderadas do alimento.
O procedimento, porém, é arriscado e exige acompanhamento médico. “Só fazemos nos casos em que o risco de a pessoa entrar em contato por acidente com o alimento e morrer supera o de sofrer uma reação alérgica grave durante o tratamento”, afirma Ariana, coordenadora do Ambulatório de Alergia Alimentar da USP onde o tratamento é feito de modo experimental, embora já seja oferecido em clínicas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.
Por essa razão, antes de começar a terapia, que dura de dois a três meses, os médicos investigam por meio de testes na pele e exames de sangue a concentração máxima de determinado alimento – os mais comuns são leite, ovo, trigo e soja – com a qual o organismo pode ter contato sem desencadear uma reação alérgica. E a diluem mais. As doses diárias da solução só começam a ser ingeridas depois de tomado um medicamento antialérgico, que reduz ainda mais o risco de o sistema imune reagir.
Aline iniciou sua dessensibilização em junho, bebendo gotas de leite com água que chegavam a ser transparentes de tão diluídas, e um mês depois já tomava leite puro. Bem pouco, é verdade: só duas gotas (0,1 mililitro), que a mãe lhe pingava na boca de hora em hora com uma seringa. À medida que aumenta a tolerância do corpo ao composto alergênico, as doses se tornam mais concentradas até que no final da dessensibilização, o chamado Dia D, seja possível consumir uma porção média do alimento. A meta de Aline é em dois meses tomar 150 mililitros de leite (quase um copo) por dia, sem passar mal, e levar uma vida menos apreensiva. Daí em diante, porém, terá de consumir leite regularmente para prevenir o retorno da alergia. “Hoje ela já não sente medo quando vou preparar o leite, nem tem mais receio das crianças que correm com o copo de leite na mão durante o recreio”, conta Roselaine.
Mais comum entre crianças, a alergia aos alimentos atinge uma parcela da população adulta maior do que se imaginava. Os dados são escassos, mas levantamentos feitos nos Estados Unidos e na Europa sugerem que o mundo está se tornando mais alérgico. Em pouco mais de uma década a proporção de adultos com alergia alimentar passou de 1% a 2% para os 4% atuais. Entre as crianças, mais propensas às alergias, a taxa varia de 8% a 11% – as formas mais comuns de alergia, as respiratórias, afetam 30% da população.
Estudo com 38,4 mil crianças norte-americanas publicado em julho na revista Pediatrics mostrou que 8% delas tinham alergia a algum alimento e que, entre as alérgicas, 39% já haviam experimentado reações graves. Embora as crianças sejam as vítimas mais frequentes, são os pais que se queixam de piora na qualidade de vida. Na Inglaterra, pesquisadores da Universidade de Nottingham e da Universidade de Derby compararam a qualidade de vida de famílias que tinham crianças com alergia alimentar severa com a de famílias com filhos sem alergia. Avaliada por meio de questionários, a qualidade de vida das crianças dos dois grupos foi praticamente a mesma. Mas as restrições impostas aos filhos alérgicos afetaram o dia a dia dos pais, em especial nas relações sociais, de acordo com o trabalho, a ser publicado na Appetite. “Os pais dessas crianças vivem com a sensação iminente de que podem perder o controle sobre a saúde do filho”, conta Ariana. “E o receio aumenta quando elas começam a frequentar a escola, pois a capacidade de recusar um alimento passa a depender da maturidade delas.”
Uma das dificuldades em lidar com a alergia alimentar, afirmam os especialistas, é a imprevisibilidade. Ainda que na maioria das vezes as reações não causem problemas mais sérios que o desconforto passageiro, o grau de sensibilidade pode variar muito, e de modo que nem sempre pode ser antecipado por exames de sangue ou testes de reatividade na pele. É que a sensibilidade depende de três fatores: as características do sistema de defesa do indivíduo; as propriedades do alérgeno; e a frequência e a via de exposição a ele. Esses fatores variam muito e de modo independente, razão pela qual nem sempre quem produz número elevado de anticorpos contra o alérgeno de um alimento vai apresentar as reações clínicas mais graves ao consumi-lo. Pelo mesmo motivo, um histórico de reações alérgicas leves (manchas na pele e coceira) não garante que algo mais grave não possa acontecer.
Anos atrás Richard Pumphrey, da Enfermaria Real Britânica, rastreou os óbitos por alergia alimentar no Reino Unido de 1999 a 2006 e constatou que mais da metade das pessoas que morreram após comer o alimento a que eram alérgicas jamais haviam apresentado reações graves antes. Talvez por isso, sugere Pumphrey, seus médicos não tenham recomendado que carregassem um aplicador de adrenalina. “Como não se sabe de antemão a intensidade da reação de cada um, tratamos todos como se fossem casos graves”, diz Ariana.
Apenas oito alimentos respondem por quase 90% dos casos de alergia. No topo da lista está o leite de vaca, seguido de peixes, frutos do mar, ovo, amendoim, castanhas, trigo e soja. Calcula-se que 2,5% das crianças sejam alérgicas a leite e 1% a ovo, problemas que costumam desaparecer naturalmente até os 5 anos de idade. Já as alergias a camarões, mariscos, sardinhas, amendoim, nozes e outras castanhas aparecem mais tarde e, em muitos casos, duram toda a vida.
E já se começa a falar no aumento das alergias a alimentos que pareciam inofensivos: cenoura, salsão, pêssego, maçã, pera e kiwi. O caso mais surpreendente e insuspeito talvez seja o da alergia à mandioca, que, frita ou cozida, é fonte de carboidratos para 800 milhões de pessoas na América do Sul, na África e na Ásia. Domesticada há milhares de anos possivelmente por nativos sul-americanos, a mandioca entra na composição de vários alimentos industrializados por não deixar cheiro nem sabor marcantes e, até pouco tempo atrás, ser considerada pouco alergênica. Essa história, porém, terá de ser revista.
Em 2004 a equipe de Castro descreveu dois casos brasileiros de alergia à mandioca, que estão entre os primeiros identificados no mundo. No Ambulatório de Alergia Ocupacional do Hospital das Clínicas, o médico Clóvis Galvão atendeu, em pouco mais de um mês, duas mulheres com sensibilidade ao látex que se queixavam de ter desenvolvido uma crise alérgica depois de comer mandioca. Galvão levou os casos a Castro, coordenador do grupo de alergia do Instituto de Investigação em Imunologia, chefiado pelo imunologista Jorge Kalil, para, juntos, iniciarem uma investigação mais detalhada.
Testes imunológicos confirmaram que o organismo de quem tinha alergia ao látex, comum entre médicos, enfermeiras e funcionários do setor de limpeza, produzia anticorpos capazes de reconhecer os alérgenos da mandioca. Era um exemplo de alergia cruzada, mas faltava identificar quantos e quais eram esses alérgenos. Usando anticorpos encontrados no sangue das primeiras pacientes e de outros nove casos registrados desde então, a imunologista Keity Santos identificou cinco proteínas capazes de provocar alergia, e isolou e caracterizou uma delas. Em uma temporada no Laboratório de Diagnóstico e Tratamento de Alergia da Universidade de Salzburgo, Áustria, coordenado pela brasileira Fátima Ferreira, ela sintetizou essa proteína e demonstrou, em testes in vitro, que era inativada por anticorpos produzidos contra as proteínas do látex.
Essa proteína – a Man e 5, sigla formada a partir do nome científico da mandioca (Manihot esculenta) – tem estrutura próxima à de um dos 14 alérgenos do látex, produzido a partir da seiva da seringueira, descrevem os pesquisadores em artigo a ser publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology. “Agora que sabemos que essas proteínas da mandioca causam alergia, Keity pode tentar desenvolver uma forma de detectá-las ou destruí-las, permitindo a produção de amido livre de alérgenos”, diz Fátima, que nos últimos anos descreveu reações alérgicas a maçã, noz, avelã, salsão e cenoura em pessoas sensíveis ao pólen da bétula, árvore comum na Europa.
Duas hipóteses tentam explicar o aumento das alergias alimentares. A primeira é a facilidade do acesso a alimentos exóticos. Nunca foi tão fácil nem tão rápido viajar de um ponto a outro do planeta, o que certamente contribuiu para a internacionalização de dietas antes restritas a poucas regiões. O intervalo em que aconteceram essas mudanças, porém, pode não ter sido suficiente para o organismo humano, habituado a consumir uma variedade restrita de alimentos por centenas a milhares de anos, se adaptar aos novos alérgenos.
A segunda hipótese propõe que por trás dessa hipersensibilidade estariam algumas formas de interferência do ser humano sobre seu próprio corpo – mais especificamente sobre a digestão. A principal porta de contato humano com o mundo exterior não é a pele, como muitos podem pensar, mas os intestinos. Se fosse descolada do corpo e aberta sobre uma superfície plana, a pele cobriria meros dois metros quadrados, enquanto os intestinos ocupariam uma área 200 vezes maior, com as dimensões de mais ou menos duas quadras de tênis. É em boa medida pelos intestinos que os elementos estranhos ao organismo têm acesso ao corpo. Assim que atravessam a delicada membrana intestinal, os componentes dos alimentos e os agentes infecciosos encontram um exército de células do sistema imune aptas a reconhecer o que faz parte do organismo e pode ser incorporado e o que é estranho e deve ser eliminado.
No percurso da boca ao sangue, os alimentos são triturados, amassados e recebem um banho de ácidos e sais digestivos, ao mesmo tempo que sofrem um ataque de enzimas. O que sobra tem um tamanho tão reduzido que na maioria das vezes escapa ao radar do sistema imunológico. As proteínas, que inicialmente podem conter 200 ou mais aminoácidos, são desmontadas em sequências de apenas meia dúzia. Mas, se algo não vai bem com a digestão, fragmentos maiores podem chegar ao sangue e chamar a atenção de um grupo especial de células de defesa que, por sua vez, mobiliza as células produtoras de toxinas e de anticorpos.
Espetados na membrana dos mastócitos, células-chave nas reações alérgicas, os anticorpos funcionam como o gatilho de uma pistola pronta a disparar. Num segundo contato da proteína forasteira com os anticorpos, os mastócitos liberam compostos potentes (histamina, heparina, leucotrieno e outros) que fazem os vasos sanguíneos dilatar, a pressão arterial cair e a musculatura lisa das vias respiratórias se contrair. De quatro a seis horas mais tarde, células recrutadas do interior dos ossos chegam à região e iniciam um novo ataque, que ajuda a eliminar os agentes externos e reaviva os sintomas da alergia.
Um estudo recém-concluído pelo grupo de Castro reforça a ideia de que, entre os adultos, o aumento das alergias alimentares esteja ligado à perda da capacidade de digerir proteínas, causada pelo uso disseminado de medicamentos da classe do omeprazol, chamados de inibidores da bomba de prótons.
Em Salzburgo, Keity submeteu as proteínas alergênicas da mandioca à digestão em uma solução com a acidez estomacal normal e em outra 100 vezes menos ácida, como a do estômago de quem usa esses medicamentos contra inflamações e úlceras gástricas. No primeiro caso, as enzimas digestivas quebraram as proteínas em pedaços pequenos o suficiente para serem absorvidos pelos intestinos e circularem no sangue sem ativar as células de defesa. Já na solução menos ácida a proteína não foi bem digerida e restaram fragmentos grandes o bastante para desencadear uma resposta alérgica.
“A mandioca é consumida há milhares de anos e nunca se suspeitou de que causasse alergia”, diz Castro. “O que teria mudado recentemente?” A alteração mais perceptível apontada por alguns pesquisadores é a introdução dos inibidores da bomba de prótons no final dos anos 1980, hoje um dos medicamentos mais vendidos no mundo.
Para testar se essa medida explicaria o surgimento da alergia à mandioca, o físico Hyun Mo Yang, da Universidade Estadual de Campinas, desenvolveu para Castro um modelo matemático que permite estimar quanto tempo levaria para aparecerem os primeiros casos em uma população usando o medicamento. O resultado? Cerca de 10 anos. “É quase o tempo que passou entre a introdução do omeprazol no Brasil e a identificação dos primeiros casos”, comenta Castro, que em 2008 criou o Grupo de Estudos de Novos Alérgenos Regionais para investigar proteínas alergênicas de plantas e insetos brasileiros.
“Ainda não temos explicações claras para o que estamos observando na clínica”, diz Jorge Kalil, que, além do Instituto de Investigação em Imunologia, dirige o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração e o Instituto Butantan. “A indução da alergia pode ser um efeito não previsto desse tipo de medicamento.” Se for confirmado para a mandioca, esse efeito talvez explique o que acontece com algumas das outras 475 proteínas alergênicas encontradas em alimentos, que, ao lado de quase outras mil, estão sendo catalogadas pela bioinformata Helen Arcuri na Allergennet, base de dados on-line que reúne informações sobre as características dessas proteínas, os sinais clínicos que provocam e os testes que as detectam.
Enquanto não surgem novidades, a saída é manter distância dos alimentos que podem desencadear a alergia e, nos casos indicados, tentar a dessensibilização, como Aline. Ela, aliás, já fez uma lista do que quer provar no dia em que estiver liberada para consumir leite. Biscoito, bolo, brigadeiro, sorvete e pizza. Desta vez, com muito queijo.
Artigos científicos
1. SANTOS, K.S. et al. Allergic reactions to manioc (Manihot esculenta Crantz): Identification of novel allergens with potential involvement in latex-fruit syndrome. Journal of Allergy and Clinical Immunology. No prelo.
2. MIROTTI, L. et al. Neural pathways in allergic inflammation. Journal of Allergy. 9 fev. 2011.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
O PIANO e A VIDA
Interessante a vida nossa, as vezes damos importância a fatos corriqueiros, e as vezes deixamos passar fatos importantes...
Ontem acompanhei a viagem do meu Piano, e por incrível que pareça também viajei na minha vida...
Voltei à minha infância quando eu era maluca para tocar Piano, e tudo era muito caro, era muito difícil. Me lembro indo a uma aula na frente do atual Mercado Municipal de Campinas, eu deveria ter 6 anos... E me achava verdadeira Pianista com a primeira aula, que nem sequer teve o Piano, apenas Teoria...
Depois visitei todas as minhas professoras de Piano, os Conservatórios, as horas assentada no banco do Piano para fazer os exames de fim de ano, e para preparar-me para as Audições...
Lembrei do sofrimento prazeroso que era dedicar-me a algo que lutei para conseguir...
E naquele momento em que o Piano era retirado da casa, rumo ao meu Lar, eu estava aflita, preocupada com aquele objeto material, que tanta vida me deu...
Fiquei mesmo espantada comigo, porque eu já tinha presenciado a retirada de corpos de alguns familiares de seus lares, mas como estavam mortos, mas agora com meu Piano, algo material, eu não queria que nada acontecesse...
É como se eu voltasse a orar, pedir a Deus pela vida que há no meu corpo, e que ele venha à vida através do meu Piano...
Percebi que um mero Piano tem muita vida, assim como eu, e que os corpos que se foram já tinham servido áquelas pessoas amadas, mas o meu ainda está aqui, e precisa continuar...
Talvez o Piano represente a minha pessoa, porque representa minha vida. Nele chorei, sorri, toquei para amores, toquei para quem nem conhecia música, e toquei para muitas pessoas que unem suas almas à minha...
Toquei a alma de pessoas que me ouviram um dia...
Será que o Piano será tão representativo às pessoas como meu corpo??? Acho que sim. Porque o corpo tomba na terra, e a música que sai do Piano encanta a Vida.
AGORA NO MEU LAR, toco para agradecer a Deus pela vitória de estar comigo! Sofrido o caminho de estar comigo, assim como trabalhoso foi transportar o Piano da casa para meu apartamento...
Agora no meu Lar, meu Piano ocupa o espaço da minha sala, onde novamente trás para mim todas as pessoas que estiveram ao meu lado, ouvindo minha música, me fazendo sorrir e chorar de emoção por estar viva!
Toco agora para a Lua Branca que ilumina minha vida de sonhos, e toco para o Sol que ilumina minha vida de trabalho.
Que bom que é poder ter um PIANO! Que bom é ter vida!
Uma homenagem a mim, que tanto lutei para conseguir tirar músicas sonoras num instrumento físico, de madeira, mas que me serve tanto para representar uma vida vivida de amores e serviço à melhoria íntima.(Luciana)
Ontem acompanhei a viagem do meu Piano, e por incrível que pareça também viajei na minha vida...
Voltei à minha infância quando eu era maluca para tocar Piano, e tudo era muito caro, era muito difícil. Me lembro indo a uma aula na frente do atual Mercado Municipal de Campinas, eu deveria ter 6 anos... E me achava verdadeira Pianista com a primeira aula, que nem sequer teve o Piano, apenas Teoria...
Depois visitei todas as minhas professoras de Piano, os Conservatórios, as horas assentada no banco do Piano para fazer os exames de fim de ano, e para preparar-me para as Audições...
Lembrei do sofrimento prazeroso que era dedicar-me a algo que lutei para conseguir...
E naquele momento em que o Piano era retirado da casa, rumo ao meu Lar, eu estava aflita, preocupada com aquele objeto material, que tanta vida me deu...
Fiquei mesmo espantada comigo, porque eu já tinha presenciado a retirada de corpos de alguns familiares de seus lares, mas como estavam mortos, mas agora com meu Piano, algo material, eu não queria que nada acontecesse...
É como se eu voltasse a orar, pedir a Deus pela vida que há no meu corpo, e que ele venha à vida através do meu Piano...
Percebi que um mero Piano tem muita vida, assim como eu, e que os corpos que se foram já tinham servido áquelas pessoas amadas, mas o meu ainda está aqui, e precisa continuar...
Talvez o Piano represente a minha pessoa, porque representa minha vida. Nele chorei, sorri, toquei para amores, toquei para quem nem conhecia música, e toquei para muitas pessoas que unem suas almas à minha...
Toquei a alma de pessoas que me ouviram um dia...
Será que o Piano será tão representativo às pessoas como meu corpo??? Acho que sim. Porque o corpo tomba na terra, e a música que sai do Piano encanta a Vida.
AGORA NO MEU LAR, toco para agradecer a Deus pela vitória de estar comigo! Sofrido o caminho de estar comigo, assim como trabalhoso foi transportar o Piano da casa para meu apartamento...
Agora no meu Lar, meu Piano ocupa o espaço da minha sala, onde novamente trás para mim todas as pessoas que estiveram ao meu lado, ouvindo minha música, me fazendo sorrir e chorar de emoção por estar viva!
Toco agora para a Lua Branca que ilumina minha vida de sonhos, e toco para o Sol que ilumina minha vida de trabalho.
Que bom que é poder ter um PIANO! Que bom é ter vida!
Uma homenagem a mim, que tanto lutei para conseguir tirar músicas sonoras num instrumento físico, de madeira, mas que me serve tanto para representar uma vida vivida de amores e serviço à melhoria íntima.(Luciana)
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
A GRAVIDEZ DO AMOR
Eu nunca havio pensado em tal façanha: ENGRAVIDAR DE AMOR!
Aprendi com meu amigo Hélio (que por sua vez é amigo de Freud e demais companheiros que visualizaram um novo Mundo para nós) que quando você tem uma relação com alguém e não consuma fisicamente, fica GRÁVIDA de AMOR.
Como domingo próximo é Dia dos Pais, e estes são os homens que engravidaram as mulheres que se tornaram mães, eu desejo que TODOS eles possam ter tido a habilidade de ENGRAVIDAREM de AMOR suas mulheres,antes de seus espermatozóides terem conseguido ENGRAVIDÁ-LAS!
Sei que é muito difícil uma mulher engravidar DE UM FILHO OU MAIS DE UM, pois embora aparentemente seja apenas um ato físico, há muito mais artimanhas envolvidas neste ato (tanto que há casais que precisam recorrer à Reprodução Assistida).
Mas entendo hoje, que muito mais difícil é tornar uma MULHER GRÁVIDA DE AMOR...
COMO É SER UMA MULHER GRÁVIDA DE AMOR? Você já engravidou de amor?
COMO ENGRAVIDAR UMA MULHER DE AMOR??? Você acredita que engravidou sua mulher, de AMOR?
FELIZ DIA DOS PAIS!
Aprendi com meu amigo Hélio (que por sua vez é amigo de Freud e demais companheiros que visualizaram um novo Mundo para nós) que quando você tem uma relação com alguém e não consuma fisicamente, fica GRÁVIDA de AMOR.
Como domingo próximo é Dia dos Pais, e estes são os homens que engravidaram as mulheres que se tornaram mães, eu desejo que TODOS eles possam ter tido a habilidade de ENGRAVIDAREM de AMOR suas mulheres,antes de seus espermatozóides terem conseguido ENGRAVIDÁ-LAS!
Sei que é muito difícil uma mulher engravidar DE UM FILHO OU MAIS DE UM, pois embora aparentemente seja apenas um ato físico, há muito mais artimanhas envolvidas neste ato (tanto que há casais que precisam recorrer à Reprodução Assistida).
Mas entendo hoje, que muito mais difícil é tornar uma MULHER GRÁVIDA DE AMOR...
COMO É SER UMA MULHER GRÁVIDA DE AMOR? Você já engravidou de amor?
COMO ENGRAVIDAR UMA MULHER DE AMOR??? Você acredita que engravidou sua mulher, de AMOR?
FELIZ DIA DOS PAIS!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Influenciações espirituais sutis
Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurando há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil.
Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira ocasião da humildade, da prece, do passe..
Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se:
- dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas;
- ausência de ambiente íntimo para elevar os sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;
- indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastre imediato;
- aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los;
- pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa;
- interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade;
- hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto;
- ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio;
- teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual consigo, mas, passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado.
São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.
O Espírito responsável pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.
Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta, clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.
Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem mais freqüentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.
Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?
Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo.
(pagina do livro ESTUDE E VIVA, psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel)
sábado, 6 de agosto de 2011
Encontro de Madre Teresa de Calcutá com a Princesa Diana
Certo dia, a princesa Diana vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.
A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com grande carinho, buscou orientá-la. Disse que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. A Madre disse também:
- Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos...
A princesa voltou para o seu palácio e, daí em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da AIDS, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.
Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a "rosa da Inglaterra", como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.
A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.
Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e Madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de Ângelis nos contou, então, o suceder dos acontecimentos do "outro lado".
Madre Teresa foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que a Madre pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E, no momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a Madre, a religiosa afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:
- Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor.
Nós, que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo desse encontro!
Relato de: Divaldo Pereira Franco
Recebido por e-mail da ADE - SE (Associação de Divulgadores do Espiritismo do Estado de Sergipe)
A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com grande carinho, buscou orientá-la. Disse que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. A Madre disse também:
- Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos...
A princesa voltou para o seu palácio e, daí em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da AIDS, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.
Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a "rosa da Inglaterra", como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.
A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.
Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e Madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de Ângelis nos contou, então, o suceder dos acontecimentos do "outro lado".
Madre Teresa foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que a Madre pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E, no momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a Madre, a religiosa afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:
- Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor.
Nós, que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo desse encontro!
Relato de: Divaldo Pereira Franco
Recebido por e-mail da ADE - SE (Associação de Divulgadores do Espiritismo do Estado de Sergipe)
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