terça-feira, 21 de abril de 2009

JULGANDO O PASSADO

Em conversa com um AMIGO sobre o passado, ele me respondeu:
Você não pode avaliar você de então sob a perspectiva atual, abstraindo-se da conjuntura na qual estava inserida. Lembre-se que a adolescência não é apenas um rito de passagem. Se as decisões foram tomadas de uma determinada forma é porque, à época, isso tinha razão de ser, com toda a falibilidade humana, especialmente quando se é muito jovem. A gente não pode esquecer as experiências passadas, porque, nesse caso, vai acabar reincidindo nos erros. O que você não deve fazer é prestar atenção nas formigas e não perceber a manada de elefantes passando, ou seja, se ocupar tanto do passado ao ponto de se descurar do futuro. Por isso eu lhe disse, se quizer vislumbrar o passado olhe para um céu estrelado e não para traz, porque o tempo é um bem precioso e ele, o tempo, tem a cada dia menos tempo.
A propósito de "manadas e formigas", veja o poema de Horácio "Carpe Diem" ou aproveite ao máximo o tempo que lhe foi concedido, porque ele é uma dádiva. (NDF)

"Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses darão a mim ou a você.
Com os adivinhos da Babilônia não brinque.
É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho.
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último, que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo reescale as suas esperanças.
Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento está fugindo de nós.
Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã".
(Carpe Diem - Horácio)

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