quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SACRIFÍCIO X ACEITAÇÃO X ESCOLHA

Lendo o artigo que saiu publicado pela Revista Fapesp (http://agencia.fapesp.br/16944) intitulado:
Células “mães” se sacrificam por “filhas” escrito por Elton Alisson, publicado dia 11/3/13, fiquei pensando em como é a vida...

Busquei no dicionário o significado das palavras que me fizeram refletir...

    CÉLULA: unidade fundamental dos seres vivos.
    MÃE: mulher ou qualquer fêmea que deu à luz um ou mais filhos; causa; fonte; origem.
    FILHO (A): indivíduo do sexo masculino ou feminino em relação aos pais; descendente; oriundo; natural.
    SACRIFÍCIO:  oferta solene à divindade em vítimas ou donativos; privação de coisa apreciada; renúncia em favor de outrem. 
     RENÚNCIA: ato  ou efeito de renunciar.
     RENUNCIAR: rejeitar; não querer; abdcar; desistir de; deixar voluntariamente a posse de; renegar; abjurar.


As "células" no artigo deixam para as "filhas", organelas (mitocõndrias) essenciais à preservação da vida, em maior quantidade, como que prevenindo qualquer dificuldade futura, e ao deixarem mais mitocôndrias com as "filhas", acabam morrendo mais cedo. Mas há células que não deixam para as "filhas" quantidades maiores de mitocôndrias e vivem mais tempo que as que se doaram mais.Pelo que entendi ainda não se sabe qual o mecanismo que as células têm para esse "desejo" de perpetuação da esécie e ao mesmo tempo a coragem ou não, de caminhar mais precocemente para a morte.

Tenho por hábito refletir o que leio... Fico tentando transferir para a vida do dia a dia o que leio, o que penso e o que sinto... Isso é um comportamento meu, que se normal ou não, não me incomoda e nem a ninguém faz mal.

Se fizermos uma idéia de que a maternidade é um sacrifício à vida da mulher, e, entendendo que MÃE é a fêmea que dá à luz ao filho, este ser apenas fará o que a natureza pede: dar à luz, ou seja: tornar o escuro em claro... O escuro não foi a MÃE quem fez, e nem o clrao, ela apenas é um instrumento que transporta a vida do escuro para o claro. Friamente falando, ela nem sequer sabe se passa algo seu para o filho, já que a natureza é quem confere a naturalidade da coisa. A MÃE aqui, nem pensa, apenas age instintivamente, de forma natural, e portanto não acha que é sacrifício e sim uma escolha SER MÃE.
Por outro lado, se a maternidade for sacrifício à vida da mulher, pensando que MÃE é a origem ou a causa ou a fonte, esta acreditará que tudo dela tá no filho, é a mistura MÃE/FILHO que não se sabe quem é quem, terá cobranças, porque a MÃE deixou o papel de mulher para assumir MULHER/MÃE/FILHO e como renunciou, embora por vontade própria, cobrará o que deu ao filho: este deverá ser perfeito; estudioso; honesto; trabalhador; lindo; desejado por todos mas ficar só para ela; sem erros e sem desvios de comportamento, afinal ele (FILHO) é ela (MÃE).

De outro lado teremos a maternidade como livre escolha, como decisão pensada a sós ou à dois... Escolha de mudança de vida, mudança de estado físico, mental e porque não dizer espiritual.
Essa maternidade se faz na mulher que dá à luz e dignifica o mundo.
Há algo dela na luz do mundo...
Há algo dela  (FILHO) que compartilhará com ela e com outros, a luz, o bem estar, as mudanças, enfim viverá intensamente os desejos próprios, embora as vezes seu desejo seja realizar o desejo do FILHO.
Essa MÃE que escolheu ser MÃE, entende que renuncia à vida de mulher não mãe, e passa a deixar voluntariamente a posse de uma vida única para ser uma vida compartilhada... É como se tudo dela fosse, e estivesse indo à frente, diferente dela, mas tem ela, e isso basta!
Percebe-se que a grande diferença nas MÃES está na capacidade de AMAR, depende do que elas vão sacrificar ao aceitar a mudança de ser só, para ser MÃE...
Se tiverem mente, corpo e alma integrados, e aceitar a matenidade, suas células, sua vida, seus problemas e suas dificuldades, com certeza terão FILHOS dignos dessa MÃE!
Que mãe é você?
O tempo irá dizer....











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