Um estudo realizado no campus de Jaboticabal da Universidade Estadual Paulista (Unesp) pode gerar economia e evitar desperdícios na produção de hortaliças por meio do método de hidroponia.
A equipe do professor Renato de Mello Prado, da Faculdade de Ciências Agrárias da Unesp, analisou a absorção de 16 nutrientes em quatro tipos de hortaliças: beterraba, couve-flor, repolho e tomate. O trabalho contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.
O estudo conseguiu estimar a quantidade de cada nutriente de que essas espécies necessitam para o seu desenvolvimento. Esses dados são particularmente importantes para o sistema de cultivo hidropônico, no qual a planta é isolada do solo e tem que receber nutrientes através de uma solução colocada no vaso.
O trabalho se destacou por ter analisado todos os nutrientes de que as plantas necessitam, incluindo os absorvidos em maior quantidade, chamados de macronutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, por exemplo, e também os micronutrientes como ferro, manganês e boro.
Além desses, a equipe também avaliou a absorção dos elementos que não fazem parte da solução nutritiva, pois estão presentes na água e no ar: o carbono, o hidrogênio e o oxigênio. “A maioria dos estudos limita-se a avaliar a resposta pontual das hortaliças a um elemento isolado”, comenta Prado.
De acordo com a pesquisa, o elemento mais desperdiçado pelos agricultores hidropônicos é o nitrogênio. O trabalho revelou que se costuma empregar nas produções uma quantidade entre 30% e 40% maior que a necessária para o desenvolvimento dos vegetais.
Eliminar desperdícios
“O nosso objetivo foi justamente identificar a exigência da planta para só colocar a quantidade de que ela precisa, evitando perdas”, esclarece o professor, que salienta que o excesso acaba contaminando o meio ambiente além de representar desperdício de dinheiro e, às vezes, de recursos não renováveis.
Todo o processo envolveu genótipos novos, de acordo com Prado. Esse detalhe é importante porque o melhoramento genético e até a eficiência nutricional acabam mudando as características genéticas dos vegetais ao longo do tempo. As plantas cultivadas atualmente são geneticamente diferentes de suas antecessoras e conseguem, por exemplo, desenvolver folhas e frutos maiores consumindo a mesma quantidade de nutrientes.
Ao aferir a quantidade exata de cada nutriente, o trabalho da Unesp ajuda a aumentar a eficiência da cultura hidropônica, que, apesar de ser mais cara que a plantação no solo, apresenta vantagens importantes. Os vegetais ficam livres de pragas e doenças provenientes do solo e a produtividade costuma ser maior, compensando assim, segundo Prado, os custos mais elevados.
“Além disso, como são menos sujeitas a ataques de pragas, as hortaliças recebem doses bem menores de defensivos agrícolas, o que aumenta a qualidade do produto e ainda reduz custos”, salienta o pesquisador. Ele afirma ainda que o investimento inicial das culturas hidropônicas acaba se diluindo com o passar do tempo.
A equipe do professor Renato de Mello Prado, da Faculdade de Ciências Agrárias da Unesp, analisou a absorção de 16 nutrientes em quatro tipos de hortaliças: beterraba, couve-flor, repolho e tomate. O trabalho contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.
O estudo conseguiu estimar a quantidade de cada nutriente de que essas espécies necessitam para o seu desenvolvimento. Esses dados são particularmente importantes para o sistema de cultivo hidropônico, no qual a planta é isolada do solo e tem que receber nutrientes através de uma solução colocada no vaso.
O trabalho se destacou por ter analisado todos os nutrientes de que as plantas necessitam, incluindo os absorvidos em maior quantidade, chamados de macronutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, por exemplo, e também os micronutrientes como ferro, manganês e boro.
Além desses, a equipe também avaliou a absorção dos elementos que não fazem parte da solução nutritiva, pois estão presentes na água e no ar: o carbono, o hidrogênio e o oxigênio. “A maioria dos estudos limita-se a avaliar a resposta pontual das hortaliças a um elemento isolado”, comenta Prado.
De acordo com a pesquisa, o elemento mais desperdiçado pelos agricultores hidropônicos é o nitrogênio. O trabalho revelou que se costuma empregar nas produções uma quantidade entre 30% e 40% maior que a necessária para o desenvolvimento dos vegetais.
Eliminar desperdícios
“O nosso objetivo foi justamente identificar a exigência da planta para só colocar a quantidade de que ela precisa, evitando perdas”, esclarece o professor, que salienta que o excesso acaba contaminando o meio ambiente além de representar desperdício de dinheiro e, às vezes, de recursos não renováveis.
Todo o processo envolveu genótipos novos, de acordo com Prado. Esse detalhe é importante porque o melhoramento genético e até a eficiência nutricional acabam mudando as características genéticas dos vegetais ao longo do tempo. As plantas cultivadas atualmente são geneticamente diferentes de suas antecessoras e conseguem, por exemplo, desenvolver folhas e frutos maiores consumindo a mesma quantidade de nutrientes.
Ao aferir a quantidade exata de cada nutriente, o trabalho da Unesp ajuda a aumentar a eficiência da cultura hidropônica, que, apesar de ser mais cara que a plantação no solo, apresenta vantagens importantes. Os vegetais ficam livres de pragas e doenças provenientes do solo e a produtividade costuma ser maior, compensando assim, segundo Prado, os custos mais elevados.
“Além disso, como são menos sujeitas a ataques de pragas, as hortaliças recebem doses bem menores de defensivos agrícolas, o que aumenta a qualidade do produto e ainda reduz custos”, salienta o pesquisador. Ele afirma ainda que o investimento inicial das culturas hidropônicas acaba se diluindo com o passar do tempo.
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