segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ASMA E COMPORTAMENTO EMOCIONAL

Após ler a reportagem na Revista de novembro 2009 da FAPESP ("Variações sobre um tema sufocante", endereço: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3979&bd=1&pg=1), conhecendo a asma como companheira desde a infância, fiquei intrigada com as informações da revista e resolvi escrever:
O asmático tem dificuldade de externar o que pensa de uma situação e as vezes é obrigado a interiorizar o externo inaceitável. Com isso se sente culpado e se faz de vítima, fazendo com que o ar não saia dos pulmões, dificultando a entrada do externo.
É a falta de aceitação de uma situação que faz o asmático preferir a companhia do CO2 que é dele, à inspirar um qualquer O2 do outro.
É como se lutasse para o externo mudar.
Quando não aguenta mais, percebe que tem que tomar remédio, porque quem tem que mudar é ele.
A falta de ar é apenas para ele próprio enxergar como ainda é incapaz de se enxergar!
Conforme vá se enxergando, perceberá que não precisa aceitar o externo, basta viver o próprio inteno! É o cada um na sua e Deus na de todos! (Luciana)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sensação sonora

Divulgação Científica -26/11/2009 -Agência FAPESP

Sensação sonora
O som não é apenas ouvido, mas também sentido por meio da pele, que ajuda na compreensão de seu significado. A conclusão é de um estudo publicado nesta quinta-feira (12/11) pela revista Nature.
A pesquisa, liderada por Bryan Gick, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, indica que quando o homem ouve palavras sendo faladas ele não usa apenas a informação sonora e visual que recebe, mas também sinais táteis, como a corrente de ar, de modo a construir um retrato completo dos sons que está ouvindo.
Alguns sons produzidos pela fala humana resultam em pequenos e inaudíveis sopros de ar (sons aspirados) e outros não (sons não aspirados). Os pesquisadores observaram que quando pequenos sopros de ar foram emitidos na pele da mão e do pescoço de voluntários, no mesmo momento em que sílabas eram ouvidas, os sons foram percebidos como aspirados, mas na realidade não eram.
Por exemplo, sílabas não aspiradas em inglês, como “ba” e “da” foram percebidas como seus equivalentes aspirados, “pa” e “ta”, quando emitidas simultaneamente a sopros de ar. Isso, de acordo com os autores do estudo, indica que a informação sensorial tátil recebida atua ao lado da audição para decifrar o que está sendo dito.
“Os resultados do trabalho demonstram que a informação tátil é integrada na percepção auditiva de forma semelhante à que ocorre com a informação visual”, descreveram.
Os pesquisadores destacam que avanços na compreensão de como o homem percebe os sons da fala poderão ajudar no desenvolvimento de sistemas mais eficientes para deficientes auditivos.
O artigo Aero-tactile integration in speech perception, de Bryan Gick e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Aprendizagem forma sinapses

Divulgação Científica -2/12/2009 -Agência FAPESP

Aprendizagem forma sinapses
Novas conexões entre neurônios começam a se formar logo após o aprendizado de uma nova tarefa, indica estudo publicado no domingo (29/11) no site da revista Nature.
A pesquisa envolveu observações detalhadas do processo de alteração nas ligações nervosas em animais que ocorre no cérebro durante a aprendizagem motora.
Os pesquisadores estudaram camundongos que foram condicionados a se deslocar por uma passagem em uma gaiola para alcançar sementes. Foi observado um rápido crescimento das sinapses, as estruturas que formam conexões entre neurônios no córtex motor, a parte do cérebro que controla os movimentos musculares.
“Verificamos uma formação robusta e quase imediata de sinapses, menos de uma hora após o início do condicionamento”, disse o coordenador da pesquisa Yi Zuo, professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos.
O grupo de Zuo observou a formação de estruturas chamadas espinhas dendríticas que crescem em neurônios piramidais (grandes células que ligam as camadas do cérebro) no córtex motor.
As espinhas dendríticas formam sinapses com outras células nervosas. Nessas sinapses, os neurônios piramidais recebem sinais de outras regiões do cérebro envolvidas na memória motora e nos movimentos dos músculos. Os cientistas verificaram que o crescimento de novas espinhas dendríticas foi seguido pela eliminação seletiva de espinhas pré-existentes, de forma que a densidade geral das espinhas retornou ao nível original.
“Trata-se de um processo de remodelagem por meio do qual as sinapses que se formam durante o aprendizado se consolidam, enquanto outras se perdem. A aprendizagem motora imprime uma marca permanente no cérebro. Quando aprendemos a andar de bicicleta, por exemplo, uma vez que a memória motora é formada, não esquecemos o que foi aprendido. O mesmo ocorre quando um camundongo aprende uma nova habilidade motora: o animal aprende como fazer e não esquece mais”, explicou Zuo.
Comprender a base da formação de memórias de longo prazo é um desafio importante para a neurociência, com implicações no desenvolvimento de terapias que possam auxiliar pacientes na recuperação de habilidades perdidas em acidentes ou em derrames.
“Iniciamos nosso estudo com o objetivo de entender melhor os processos que ocorrem após um acidente vascular cerebral, quando os pacientes têm que reaprender a fazer determinadas atividades. Queremos descobrir se há algo que podemos fazer para acelerar o processo de recuperação”, disse Zuo.
O artigo Rapid formation and selective stabilization of synapses for enduring motor memories, de Yi Zuo e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Exercícios e câncer de próstata

9/12/2009 -Agência FAPESP

Exercícios e câncer de próstata
Apenas 15 minutos diários de exercícios físicos foram suficientes para reduzir a taxa de mortalidade em pacientes com câncer de próstata, aponta estudo apresentado em conferência da Associação de Fronteiras de Pesquisa em Câncer nos Estados Unidos, que termina nesta quarta-feira (9/12), em Houston.
“Identificamos benefícios com níveis de atividade facilmente atingíveis. Os resultados sugerem que homens com câncer de próstata deveriam fazer alguma atividade física para sua saúde”, disse Stacey Kenfield, da Escola de Saúde Pública Harvard, autora principal do estudo.
Os pesquisadores avaliaram os níveis de atividade física de 2.686 pacientes, tanto antes como depois de terem sido diagnosticados com câncer. Pacientes com diagnóstico de metástase não foram incluídos no estudo.
Homens que mantiveram três horas ou mais dos chamados equivalentes metabólicos por semana – que equivalem a correr, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis por meia hora por semana – apresentaram risco 35% menor de mortalidade geral do que os demais.
Com relação a caminhadas, os pesquisadores observaram que os pacientes que andaram mais de quatro horas por semana tiveram um risco 23% menor de mortalidade por qualquer causa quando comparados com os que andaram menos de 20 minutos por semana.
Não foi apenas o tempo: a velocidade também contou bastante. Aqueles que andaram mais de 90 minutos em um ritmo normal para acelerado apresentaram risco de morte 51% menor do que aqueles que andaram menos e em ritmo menos intenso.
Mas a caminhada não mostrou efeito específico na mortalidade por câncer de próstata. Entretanto, o cenário foi outro com exercícios mais vigorosos. Homens que mantiveram pelo menos cinco horas semanais de atividades físicas vigorosas tiveram redução no risco de mortalidade pela doença.
“Esse é o primeiro grande estudo populacional a examinar os exercícios em relação à mortalidade em sobreviventes de câncer de próstata. Não conhecemos os efeitos moleculares exatos que a atividade física tem sobre a doença, mas sabemos que os exercícios influenciam um número de hormônios que se estima estarem envolvidos com a doença, além de melhorar a função imunológica e reduzir inflamações”, disse Stacey.
“Como esses fatores atuam em conjunto para afetar o câncer de próstata do ponto de vista biológico é algo que ainda teremos que descobrir. Mas, por enquanto, os dados obtidos permitem indicar que cinco horas ou mais de exercícios vigorosos por semana podem diminuir a taxa de mortalidade devido à doença”, afirmou.

Livre do medo

Divulgação Científica- 10/12/2009- Agência FAPESP

Bloquear a manifestação de memórias de medo por meio de um método não invasivo e que não se baseia no uso de drogas. A novidade, que poderá ter implicações importantes no tratamento de problemas relacionados ao medo, acaba de ser demonstrada em artigo na edição desta quinta-feira (10/12) da revista Nature.
Estudos anteriores demonstraram como bloquear tais memórias, mas envolviam o uso de compostos tóxicos e duravam apenas alguns dias. No novo método, Elizabeth Phelps, da Universidade de Nova York, e colegas evitaram o uso de drogas ao se basear na fase conhecida como “reconsolidação” da memória, na qual memórias antigas podem passar por mudanças.
Após treinar voluntários a sentir medo de certos estímulos visuais, os pesquisadores apresentaram uma nova informação “segura” ao mesmo tempo em que reativavam as memórias de medo. Ao fazer isso, eles conseguiram “reescrever” os pensamentos negativos associados com os estímulos.
Os efeitos da intervenção duraram cerca de um ano e aparentemente não afetaram as memórias que não foram reativadas no momento da introdução da nova informação. Os autores do estudo concluíram que as memórias antigas de medo podem ser atualizadas com informações não amedrontadoras.
Os resultados reforçam a hipótese de que as memórias emocionais se reconsolidam a cada vez que são recuperadas. E que o período em que o processo ocorre tornar as memórias vulneráveis a modificações que podem ser induzidas. Ou seja, pode-se livrar o portador da sensação de medo para aquela determinada memória.
“O momento parece ser mais importante para o controle do medo do que imaginávamos. Nossa memória reflete mais a última vez que foi recuperada do que a exata recuperação do evento original”, disse Elizabeth.
Além das implicações no tratamento de distúrbios relacionados ao medo, os resultados apontam que o momento das intervenções terapêuticas tem um papel muito importante para o sucesso dos procedimentos.
“Inspirado em estudos básicos em roedores, essa nova descoberta em humanos poderá ser transferida para o desenvolvimento de melhores terapias para o tratamento de distúrbios de ansiedade, como o estresse pós-traumático”, disse Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental, um dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, que financiou a pesquisa.
O artigo Preventing the return of fear in humans using reconsolidation update mechanisms, de Elizabeth Phelps e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Epidemia de “globesidade”

(9/12/2009 -Por Fábio Reynol -Agência FAPESP)

Estima-se que um quinto da população mundial esteja com excesso de peso. Entre esses, há 300 milhões que são considerados obesos. Pior: esses números têm aumentado nas últimas décadas.
Essas informações abriram a palestra “Atualização da epidemia global de obesidade”, proferida pela professora Mary Schmidl, do Departamento de Nutrição e Ciência dos Alimentos da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. A apresentação fez parte da programação do 8º Simpósio Latino-Americano de Ciências de Alimentos, realizado no mês passado na Universidade Estadual de Campinas.
A pesquisadora levantou eventuais motivos para explicar o crescimento da epidemia em todo o mundo e quem seriam os responsáveis. “Inicialmente considerada um mal de países desenvolvidos, hoje a obesidade tem sido encontrada também nas nações em desenvolvimento, paradoxalmente ao lado da subnutrição”, disse.
“É uma doença que está em todas as faixas etárias, grupos éticos e classes sociais. Ela também atinge tanto homens como mulheres. Essa espécie de onipresença motivou a criação do termo ‘globesidade’ (globesity, em inglês)”, contou.
Segundo Mary não há um vilão único para a epidemia. A escalada da obesidade teria muitos responsáveis, como a indústria alimentícia, políticas públicas, escolas, restaurantes, comunidades, pais e os próprios indivíduos.
A pesquisadora apontou exemplos. A indústria e os comerciantes de alimentos estariam habituando os consumidores a porções cada vez maiores. Garrafas de refrigerante, hambúrgueres, pacotes de salgadinhos, caixas de cereais, entre outros produtos industrializados, têm aumentado de tamanho nos Estados Unidos desde a década de 1970.
O mesmo ocorreu com os restaurantes. “A porção recomendada de batatas fritas por pessoa é de cerca de seis unidades (palito) por dia e a porção que estamos servindo é essa”, disse ao apontar a foto de um prato com cerca de 500 gramas de fritas, comum nos restaurantes norte-americanos.
Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não ficam de fora. Segundo a professora da Universidade de Minnesota, os países emergentes representam os mercados mais promissores para as indústrias de refrigerantes, por exemplo, cujas vendas se encontram estabilizadas nos países mais ricos.
Os governos também têm a sua parte de culpa. As políticas públicas teriam muito ainda a avançar. Uma ideia é sobretaxar alimentos menos saudáveis e estimular o consumo de vegetais. “Se o governo estipulasse um imposto de US$ 0,01 para cada onça (28,3 gramas) de refrigerante vendido, só na cidade de Nova York seriam arrecadados US$ 1,2 bilhão por ano”, disse.
A pesquisadora também coloca parte da responsabilidade nos próprios consumidores. Segundo ela, cada um teria que ter um compromisso com a sua saúde, não só procurando melhorar a qualidade e adequar a quantidade dos alimentos consumidos como também criar hábitos de fazer exercícios físicos.
“Precisamos dar cerca de 10 mil passos por dia. Parece muito, mas não é”, disse. Pelos mesmos motivos, as comunidades também são culpadas pelo sobrepeso de seus integrantes. Bairros, clubes, igrejas e outras associações deveriam estimular a prática de exercícios físicos de modo a auxiliar na criação de uma cultura saudável.
Os resultados das pesquisas feitas pela cientista também sugerem outras soluções, como fazer campanhas focadas nas crianças, que têm alto grau de influência sobre os pais.
Mary também propõe a rotulagem de alimentos explicitando a sua caloria e composição nutricional (o que já ocorre no Brasil) e a proibição das máquinas automáticas de guloseimas, que são mais comuns nos Estados Unidos. Para ela, essas máquinas deveriam vender somente água mineral, um produto cujo consumo, segundo ela, deveria ser mais incentivado de maneira geral.

As cores da noite

(Carlos Fioravanti -Edição Impressa 166 - Dezembro 2009- Pesquisa FAPESP)

Luzes vermelhas podem ser mais saudáveis que as azuis

Quando tiver de espantar o sono à noite, deixe alguma luz vermelha acesa por perto. “Pode ser uma alternativa para permanecer alerta”, afirma Mariana Figueiro, arquiteta formada em Belo Horizonte que coordena o programa de pesquisas sobre luz e saúde no Lighting Research Center. Parte do Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, ao norte de Nova York, este instituto desenvolve pesquisas básicas e aplicadas sobre o impacto da iluminação artificial nas pessoas. Em um estudo publicado na revista BMC Neuroscience, Mariana e sua equipe demonstraram que a luz vermelha pode ser mais apropriada para uso à noite do que luzes azuladas. Os pesquisadores fizeram os testes com luzes de cores puras, para ver, na verdade, os efeitos de luzes brancas comuns que tendem para o azul, como as fluorescentes brancas.“A luz vermelha ajuda a manter ou aumentar o nível de atividade mental sem suprimir a produção de melatonina, hormônio que regula o sono, diferentemente da azul”, diz Mariana. Outros estudos haviam mostrado que luzes azuladas podem reduzir a produção de melatonina, liberada pela glândula pineal, localizada na base do cérebro. A melatonina ajuda a regular o ritmo circadiano, variação de fenômenos como frequência cardíaca e sono que oscila em períodos de aproximadamente 24 horas. Mais luz azul e menos melatonina poderiam deixar o organismo mais vulnerável ao desenvolvimento de tumores, além de desregular o sono. Segundo Mariana, quem tem de permanecer acordado para trabalhar à noite pode sentir um pouco mais de sono sob luz vermelha, mas o organismo provavelmente sofrerá menos danos.As vantagens da luz vermelha sobre a azul emergi­ram de um experimento de que participaram 14 pessoas submetidas a doses médias e baixas dos dois tipos de radiação durante duas noites. Para avaliar com precisão as reações do organismo, a equipe de Mariana acompanhou as taxas de batimento cardíaco e a atividade cerebral. “A luz azul é mais potente para intervir em ritmos circadianos”, ela concluiu. Estudos anteriores desse grupo haviam atestado a sensibilidade do organismo humano à luz azul: uma quantidade de luz azul muito mais baixa do que a da iluminação normal já pode interferir no ritmo do sono. Em outro artigo publicado este ano, na revista Journal of Carcinogenis, Mariana, Mark Rea e John Bullough, do Lighting Research Center, apresentaram a hipóte­se de que a iluminação ambiental, normalmente excessiva a ponto de intervir na produção de melatonina, poderia contribuir para aumentar a incidência de câncer de mama, mas até o momento a falta de evidências quantitativas impossibilita qualquer conclusão. De imediato, os resultados abriram um caminho de pesquisa básica, voltada, entre outras possibilidades, às combinações mais saudáveis entre luz azul e vermelha, e aplicações, especialmente para quem trabalha à noite – ou na penumbra. Um dos desafios imediatos de Mariana e sua equipe é usar as conclusões dos experimentos científicos para melhorar a iluminação nos submarinos, a pedido da Marinha dos Estados Unidos. Os pesquisadores já verificaram que um dos problemas é o horário de trabalho, com turnos de 18 horas com seis de descanso, e trabalham na penumbra, “como se estivessem em uma caverna”, diz ela. “Não sabem mais quando é dia ou noite.” As consequências podem ser dramáticas sobre o ritmo circadiano, que precisa de uma intensidade de luz maior do que a visão para ser ativado. Os horários de sono podem facilmente perder a regularidade. Mariana pretende agora, com sua equipe, encontrar a melhor intensidade e quantidade de luz vermelha para usar durante a noite e para combinar com a azul durante o dia não só nos submarinos, mas também em outros ambientes de trabalho. “A luz azul é a mais recomendada para o dia, mas talvez não seja a melhor opção para a noite”, diz ela. Seu grupo e outros do Lighting Research Center sentem-se à vontade para enfrentar o desafio de transformar descobertas científicas em produtos de uso corriqueiro. Já fizeram um dispositivo de uso pessoal, o Daysimeter, que lembra um microfone posto próximo aos olhos e mede a quantidade de luz que cada pessoa recebe, indicando se os horários de sono, por exemplo, precisam ser reajustados. Nesse momento trabalham para ver os melhores tipos de luz que as pessoas idosas de­vem receber para evitar quedas e dormir melhor. Outro projeto consiste no desenvolvimento de faróis de carros que possam causar menos impacto aos olhos à noite e, claro, iluminar melhor.
Artigo científicoFIGUEIRO, M.G. et al. Preliminary evidence that both blue and red light can induce alertness at night. BMC Neuroscience. v. 10. p. 105-16. 2009.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Repondendo ao SEU OLHAR Luciana...

Havia uma fonte em uma floresta.
Esta fonte não tinha minadouro muito forte
E certo dia a fonte teve um sonho:
Que bom seria se eu pudesse crescer até a borda para que os pássaros bebessem em mim, os animais sorvessem e quem sabe algum viajante sedento também pudesse nutrir-se dessedentando-se...
DEUS ouviu. Choveu, a fonte cresceu e veio até à borda. Os animais começaram a usá-la, as aves e alguns viandantes.
A fonte ficou tão entusiasmada que disse: Ah! Que bom seria se eu me transformasse num córrego, num regato. Eu iria irrigar as raízes das árvores e abençoar terras áridas...
E DEUS por misericórdia, permitiu através da chuva que a fonte transbordasse dando origem a um regato.
E quando o regato começou a lamber as raízes de árvores ressequidas que agora se renovavam, entusiasmou-se e disse: Ah! Eu gostaria tanto de ser um rio para alcançar o mar...
E DEUS que é sempre generosidade absoluta, fez que chovesse. O regato cresceu, as águas avolumaram-se aproveitando a sinuosidade do solo e as diferenças de níveis, o regato transformou-se num rio.
Repentinamente ele entrou por uma garganta que não tinha saída. Havia muitas escorias pedras, paus, e, o rio ficou próximo do mar, mas não o alcançou. Ele começou a dizer: Meu Deus, eu gostaria tanto de chegar ao mar, mas tantos impedimentos...
Então DEUS que é toda misericórdia, fez que chovesse, e o rio continuou crescendo, crescendo, crescendo, até que um dia ele vai transpor o obstáculo maior e vai diretamente ao oceano.
Assim a tua história, se tu pretendes o Oceano Divino, que nenhum impedimento te dificulte a marcha!
Permanece.
Se há escórios, se há impedimentos e obstáculos, silencia. Cresce na vertical, e, um dia tu transporás esses obstáculos porque o Oceano do Amor Divino á a fatalidade que nos aguarda.
(Extraído do DVD: As vidas de Joanna de Angelis, por Divaldo Pereira Franco).

domingo, 13 de dezembro de 2009

Apenas um OLHAR

Estamos todos em uma grande embarcação. Chegamos em uma margem do rio, desenvolvemos o nosso potencial em todos os pontos que aquela margem pode oferecer, e agora é chegada a hora de partir...
Ainda há muito o que se desenvolver, entretanto, é necessário que entremos na embarcação e atravessemos o rio.
As vezes na pressa, tentamos ir a nado livre, mas é muito difícil e temos que voltar, casados, desanimados, tristes pela incapacidade de chegar à nado livre,
Outras vezes ficamos olhando a margem oposta, achando que é impossível chegar lá, apenas porque se cansou de dar braçadas no rio,
Também as vezes pensamos mal do rio, afinal ele podia dar uma "ajudazinha",
E outras tantas vezes achamos que o tempo é o culpado de estarmos atrasados, afinal já devíamos estar produzindo algo naquela margem!!!
De vez em quando passa um barco convidando para ser o meio de transporte, mas não adianta, não confiamos num simples barquinho (embora tenhamos já tentado o nado livre...)
Travamos uma batalha interna, tentando várias formas para transpor aquele rio...
Usamos da alimentação como arma para fortalecer o corpo, quem sabe algum suplemento ou complemento alimentar seja capaz de aumentar a força muscular e assim consigamos chegar naquela margem...
Procuramos pessoas experientes com a mente, para que a nossa possa continuar saudável.
TENTATIVAS, TENTATIVAS, TENTATIVAS...
Ficamos nas TENTATIVAS...
Esquecemos de perceber o quanto estamos trabalhando internamente, e, o quanto somos observados pelos que nem sequer têm vontade de ir à outra margem mas admiram nossa coragem,
Podemos não estar com os músculos tão ativos à ponto de irmos à nado livre, mas nossos neurônios passam a fazer mais sinapses, criamos novas conecções neurais,
Mostramos aos que nem sonham, que há possibilidade de sonhar e que é preciso se entregar ao trabalho pessoal para essa realização,
Buscando alternativas para a viagem, vamos nos conhecendo melhor, vamos deixando de lado o que não precisamos levar para a outra margem, conhecemos mais pessoas e percebemos que muitas delas também têm a mesma meta: chegar na outra margem, embora algumas querem chegar sem trabalhar a si próprias,
Vamos nos tornando pessoas melhores, com menor carga de culpa, medos, angustias,
E de repente: você percebe que o rio está tão pequeno, será a falta da chuva?? O que houve com o rio??? Será sonho ou ilusão??? Nada de irreal!!! É que Crescemos!
Depois de todos os trabalhos realizados para atravessar o rio, percebemos que a maior batalha foi a interna, foi preciso se auto conhecer para crescer!
Ao estamos crescidos, atravessamos o rio calmamente, afinal ele é apenas um lindo riacho que sempre esteve ali enfeitando seu olhar. Chegamos à outra margem, seguros de que há trabalho a ser realiado, mas agora sob um novo OLHAR.
É preciso que mudemos o OLHAR!
O mundo que vemos é o reflexo do que temos dentro de nós!