Ao acordar e ver a beleza do céu, resolvo fotografar, pego o celular e na tentativa de parar o tempo faço um clic. Pronto! A imagem foi marcada, embora o tempo não tenha parado...
Resolvo fazer fotos do céu apenas mexendo a cabeça em 180 graus... Olhando para a direita do meu ombro, o céu continua lindo...
Movimento a cabeça 90 graus à esquerda, e o mesmo céu agora parece diferente:
Movimento mais uma vez a cabeça 90 graus à esquerda e o céu parece nem ser o mesmo:
Nesse momento entendo que tudo na vida depende do foco que você tá olhando...
Dificuldade é mexer a cabeça...
Temos olhos que enxergam e olhos que vêem, mas a cabeça teima em ficar parada...
Talvez o medo de ver outra paisagem... Talvez o medo...
Como é difícil termos a certeza...
Como é fácil falar, tagarelar... Mas introjetar as palavras e senti-las é complicado...
Reticências talvez tenham sido inventadas porque temos dúvidas...
Mas o tempo continua, a vida não para, e nós querendo ou não também crescemos e não paramos.
Novo dia, nova visão, com o mesmo céu, com outros raios de sol, outra visão...
Assentada agora observo: o movimento dos olhos...
Com o olhar visualizo que nem tudo é controle...
Não importa o instrumento que você use para controlar, sempre haverá uma janela com novidades lindas para olhar!
A cabeça imóvel, mas descendo um pouco o olhar, percebo que há coisas sob esse olhar que me lembram pessoas que amei e amo... Simples objetos materiais deixados sob o meu olhar, me reportam às pessoas que me presentearam com sua criatividade, seu suor e suas lágrimas que conheci, e que hoje enfeitam meu mundo e me servem tanto...
Cada coisa material olhada tem um grande valor não só pelo uso profissional mas, mais que isso: me trazem na alma a responsabilidade de levar à frente tudo que vivi com cada uma, usar tudo aquilo que olho agora, de forma a ajudar quem vem até mim.
E assim, dando um zoom no celular, olhando pela janela, percebo como o colorido das flores avançam por sobre as árvores, como se quisessem gritar ao mundo que embora seja outono no tempo e na minha vida, ainda há flores que nascem e enfeitam o olhar, alegram o coração e dão a certeza à alma de que sempre que ela precisar, haverá uma Janela e a Esperança de que a VIDA CONTINUA!
Essa é minha homenagem à mim mesma! Mas eu sou uma parte de todos e do TODO, então todos nós podemos aprender um pouco com tudo: VAMOS ABRIR A JANELA DO NOSSO CORAÇÃO!
Um dia feliz, uma noite de paz e uma vida cheia de amor para todos nós!
FUIIIIIIIIIIIIIIIIIiiii.
(Luciana Di Pietro Magri- 23/5/13)
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