segunda-feira, 4 de abril de 2011

A dor, o Alzheimer e a lembrança


Depois da Rejeição cientificamente comprovada, estamos na busca da cura para o Mal de Alzheimer...
Doença ingrata que nos faz pensar no que somos, em quem somos, com quem estamos e para que somos ou estamos...
Quando no ápice da vida, triunfamos as derrotas, aprendemos contornar obstáculos, aprendemos ceder em prol de alguém, aposentamos do trabalho árduo de horas diárias, e achamos que vamos poder curtir, chega a visita do ESQUECIMENO...
Acabamos nem lembrando quem somos... O que fazer??
Por enquanto acredito que quando o esquecimento passa a fazer parte da nossa perda de neurônios, o nada passa a existir para quem vê o MAl tomar conta daquele cérebro que tanto trabalhou...
Penso que o Mal é MAU para quem como nós, nos apegamos a um físico, a algo ou a alguém... Pergunto-me: que força tem esse MAL, capaz de deixar o AMOR para traz???
Perguntas, indignações, reflexões...
Não há nada para falar, pensar, ou agir. O MAL me torna MAU, porque fico sem o BOM do meu lado...
Serei BOA então?
Restam-me apenas as lembranças...
Lembranças que quero deixar na alma.
Que quero levar comigo por todas as vidas que viver a fora...
Se um dia o MAL chegar pra mim e quiser ficar comigo, quiser apagar minha memória, que seja feita a vontade do BOM que está no CÉU e sabe o quanto de AMOR tenho capaz de aprender a AMAR até o MAL DE ALZHEIMER, porque através dele, consegui enxergar meus limites.
Enquanto o Mal não chega, e não há de chegar, que as lembranças sejam vividas,
Que a vida seja abençoada e curtida e, que descubramos o que fazemos aqui na Terra, para um dia se necessário partir com o MAL, que saiamos da vida do corpo deixando o MAL na terra e levando a grande vida que vivemos na Terra, porque não fomos MAU.
FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIiii
(Luciana Di Pietro Magri)

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