sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Florindo o coração...
Grandes encontros são assim: uma árvore florida, refazendo as energias da sua alma...
O que faze neste momento: aproveitar e agradecer!
VOCÊ MERECE!
VALEU!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Fumo é associado com aumento no risco de Alzheimer
Fumar pesadamente na meia-idade pode aumentar grandemente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Segundo uma nova pesquisa, o risco é mais do que duas vezes maior.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira (25/10) nos Archives of Internal Medicine e sairá em 28 de fevereiro na edição impressa da revista.
O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnóstios de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008.
Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular.
Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores.
O artigo (doi:10.1001/archinternmed.2010.393) de Minna Rusanen e outros pode ser lido por assinantes dos Archives of Internal Medicine em http://archinte.ama-assn.org.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Resposta ao orgulho...
Percebam no artigo abaixo, que nada nesta vida é por acaso, e que embora muitos de nós desprezemos insetos, eles são de grande valia a todos nós, mas é preciso um olhar diferente para nos ensinar isto! Luciana.
Insetos como provas criminais
Especiais - 22/10/2010 - Por Fabio Reynol - Agência FAPESP
Eles costumam ser os primeiros a encontrar um cadáver. Dotados de órgãos ultrassensíveis a odores, certos insetos da ordem dos dípteros chegam ao local de uma morte em cerca de dez minutos. Essa rapidez faz com que essas criaturas sejam importante instrumento para se determinar a data da morte – ou intervalo pós-morte no jargão técnico – e ajudar a esclarecer crimes.
Os insetos podem indicar movimentação no corpo e a presença de substâncias químicas, além do local e até mesmo o modo e a causa da morte. Essas informações ainda podem associar suspeitos à cena do crime.
Por essas razões, a entomologia forense é uma especialidade importante para a criminalística e foi tema de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Arício Xavier Linhares no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Uma das principais contribuições da pesquisa foi o levantamento das espécies de insetos de interesse forense presentes no Estado de São Paulo. “Esses dados são muito valiosos, pois uma discrepância entre a espécie encontrada em um cadáver e a fauna de insetos da região pode indicar que o corpo foi transportado de um lugar para outro”, disse Linhares à Agência FAPESP.
O censo faunístico foi feito em diferentes regiões do estado e envolveu vários mestrandos e doutorandos. Os dados levaram em conta as migrações dos insetos e diferentes ambientes: urbano, rural e silvestre.
“Tínhamos apenas uma ideia das espécies presente em São Paulo, mas não sabíamos com exatidão a sua distribuição pelos diferentes biomas e regiões do Estado”, explicou. O banco de dados obtido pode ser usado como parâmetro para investigações criminais.
O grupo também realizou estudos de sucessão biológica, que investigam cronologicamente as espécies de insetos que frequentam carcaças em cada estágio de decomposição.
Para capturar espécies necrófagas de interesse forense, os pesquisadores utilizaram armadilhas feitas com carcaças de peixe ou fígado de frango ou bovino. Somente na região de Botucatu foram coletados 12.363 insetos entre fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007, que foram identificados e catalogados em 12 diferentes famílias.
As espécies mais importantes encontradas foram criadas em laboratório e os cientistas observaram o seu desenvolvimento em ambientes com diferentes temperaturas a fim de se obter um padrão a ser aplicado em investigações criminais.
Na segunda parte do projeto foram estudados os efeitos de diversos tipos de drogas no desenvolvimento desses insetos. Substâncias como barbitúricos, anfetaminas, cocaína, antidepressivos, esteroides e antidiazepínicos foram aplicados em indivíduos imaturos de diferentes espécies.
A presença de uma determinada droga em um cadáver pode alterar o desenvolvimento da larva, gerando uma leitura falsa do intervalo pós-morte, entre outros dados.
“Descobrimos que barbitúricos e benzodiazepínicos retardam o desenvolvimento das larvas, enquanto que cocaína e anfetaminas apresentam efeito contrário: aceleram o crescimento”, disse Linhares.
Com o padrão de desenvolvimento levantado para cada espécie de inseto é possível determinar a vida da larva encontrada em horas, por meio de medições de peso e comprimento. No entanto, se a vítima ingeriu barbitúricos antes da morte, a droga diminui o ritmo de crescimento da larva, apresentando uma leitura falsa do intervalo pós-morte.
“Nosso estudo permitiu estimar qual é o desvio que cada droga provoca no desenvolvimento de diferentes espécies e, com isso, pudemos aplicar os desvios ao padrão para obter o horário correto do óbito”, disse Linhares. O levantamento engloba uma tabela com o tempo que cada larva leva para se desenvolver em diferentes faixas de temperatura.
Perfil cuticular
A detecção das substâncias químicas nos insetos é feita por meio de técnicas como cromatografia gasosa ou espectrometria de massas. O grupo na Unicamp aplica essas técnicas em diversos casos nos quais é convidada pela polícia civil a auxiliar nas investigações.
Em um dos casos, o grupo averiguou uma morte com suspeita de overdose. Amostras de tecidos foram retiradas do corpo da vítima e larvas de insetos necrófagos foram alimentadas com esse material. A suspeita se confirmou quando a equipe identificou metabólitos para cocaína nas larvas empregadas.
Outro avanço importante obtido com o Projeto Temático foi o levantamento do perfil cuticular dos insetos. Presente em todas as fases da vida do inseto, a cutícula é formada por hidrocarbonetos cuja composição pode variar dentro de uma mesma espécie de acordo com a região geográfica que habita.
“Uma mosca capturada em Presidente Prudente poderá não ter o mesmo perfil cuticular de outro indivíduo da mesma espécie encontrado em Ubatuba”, exemplificou Linhares. Por esse motivo, o banco de perfis cuticulares levantado na pesquisa poderá ser usado para identificar a localização de uma morte dentro do Estado de São Paulo.
A cutícula dos insetos ainda fornece outra informação valiosa para a ciência forense: a identificação da espécie em indivíduos imaturos. Mas o professor da Unicamp ressalta que isso ainda é um grande desafio para a pesquisa.
Ao deparar com ovos ou larvas de insetos, o cientista muitas vezes não consegue dizer de qual espécie são aquelas amostras. Nesses casos, o perfil cuticular funcionará como uma impressão digital da espécie, com a vantagem que ovos e larvas também possuem o mesmo perfil.
Geralmente, os cientistas coletam exemplares imaturos encontrados nos corpos para cultivá-los em laboratório e identificar a mosca quando ela chegar à fase adulta. Mas algumas vezes os cadáveres são lavados e as larvas acabam morrendo. O perfil cuticular é uma alternativa para esses casos.
Outra técnica utilizada para identificação de espécies é a reação em cadeia de polimerase, método da biologia molecular que permite levantar sequências de base de DNA e compará-las aos padrões das espécies levantados.
Apesar de a equipe da Unicamp contar com diversos recursos para apoiar investigações forenses, Linhares lamenta não existir ainda uma cultura de colaboração mais intensa entre a universidade e os serviços policiais de investigação. “Só recentemente a polícia técnica começou a contratar por seus concursos especialistas com mestrado e doutorado em entomologia forense”, disse.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Receita anti Orgulho
Não vale dizer: CARIDADE...
Se você que me lê, achar algo interessante, me ajuda por favor!
Quero receitas de práticas, ok?
Quem sabe você conheça algum filme que demonstre uma melhor atitude frente ao orgulho...
(Não ache estranho meu pedido, apenas procure ajudar!)
Grata...
Luciana
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Corram! Porque há muito a aprender...
Como não sou diferente de todo mundo, embora continue trabalhando para me tornar melhor para mim mesma, acabei não postando aqui no blog assuntos interessantes.
Para você que me acompanha por aqui, perceba que a alimentação e o álcool sempre fizeram parte da vida de todo mundo, mas que agora estão em ritmo descompassados, imitando-nos, quem sabe...
Quem sabe possamos de agora em diante respirar lentamente, relaxar, e deixar as coisas acontecerem ao seu tempo...
Isso não significa parar de trabalhar, apenas entregar-se ao ritmo da vida, que ora pede mudança e ora pede calma...
Boa leitura nos artigos da Fapesp dos dias 18, 19 e 20 de outubro.
Grande abraço!!!!
Luciana
Proteção contra alcoolismo
Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina Chapel Hill da Universidade da Carolina do Norte (UNC), Estados Unidos, descobriu uma variante de um gene que pode proteger contra o alcoolismo.
A variante, no gene conhecido como CYP2E1, está associada com a resposta ao álcool em humanos. O trabalho foi publicado na edição on-line da Alcoholism: Clinical and Experimental Research (ACER) e sairá em janeiro na edição impressa da revista.
Segundo o estudo, de 10% a 20% das pessoas possuem a variante, deixando-as mais sensíveis à ingestão de bebidas alcoólicas do que o restante da população, que conta com outra versão do gene. Para essas pessoas, apenas algumas doses são suficientes para que fiquem embriagadas.
Estudos anteriores indicaram que aqueles que reagem mais fortemente ao álcool têm menos chances de se tornarem alcoólatras no futuro, mas não se conhecia a base genética dessa tendência. Agora, a descoberta com relação ao CYP2E1 aponta um novo mecanismo de percepção do álcool e de como ele atua no cérebro.
“Encontramos um gene que protege contra o alcoolismo e, acima de tudo, que tem um efeito muito forte. Mas é importante ressaltar que o alcoolismo é uma doença muito complexa e há diversas razões por que as pessoas bebem”, disse Kirk Wilhelmsen, professor da UNC e um dos autores do estudo.
O estudo analisou centenas de pares de irmãos que estudam no ensino superior e que tinham pelo menos um parente alcoólatra. Inicialmente, os voluntários receberam uma mistura de álcool e refrigerante equivalente a três doses de bebida alcóolica.
Em seguida, responderam, em intervalos regulares, a perguntas sobre os efeitos da ingestão da bebida, do tipo “sente-se embriagado?” ou “sente sono?”.
Os pesquisadores então conduziram análises genéticas de relação e associação de modo a investigar a região que aparentemente estaria influenciando o modo como os estudantes se sentiam com respeito à ingestão de álcool.
A análise levou à região do gene CYP2E1, que há tempos tem instigado os cientistas com relação a possíveis componentes genéticos do alcoolismo. O motivo é que o gene codifica uma enzima que metaboliza o álcool.
A maior parte do álcool ingerido pelo organismo humano é metabolizado por outra enzima, a álcool desidrogenase, que atua no fígado. Mas a CYP2E1 não atua nesse órgão, e sim no cérebro. E funciona diferentemente de outras enzimas, ao gerar radicais livres, minúsculas moléculas que podem ser reativas e prejudiciais a estruturas sensíveis como as células cerebrais.
“Verificamos que um alelo, isto é, uma versão específica do CYP2E1, faz com que seu portador seja mais sensível ao álcool e estamos investigando se isso ocorre por causa da geração de mais radicais livres”, disse Wilhelmsen.
“Os resultados do estudo são interessantes porque apontam para um novo mecanismo de como percebemos o álcool quando bebemos. O modelo convencional basicamente diz que o álcool afeta como os neurotransmissores fazem seu trabalho, mas nosso estudo indica que se trata de algo mais complexo”, afirmou.
De acordo com o cientista, no futuro, medicamentos que induzam o gene CYP2E1 poderão ser usados para tornar as pessoas mais sensíveis ao álcool ou mesmo para deixá-las sóbrias após terem bebido demais.
O artigo The Investigation into CYP2E1 in Relation to the Level of Response to Alcohol Through a Combination of Linkage and Association Analysis, de Kirk Wilhelmsen e outros, pode ser lido por assinantes da ACER em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1530-0277.2010.01317.x/abstract.
Farinha de 30 mil anos
Humanos há cerca de 30 mil anos não comiam apenas carne e tinham uma dieta mais diversificada do que se estimava. Um novo estudo descobriu um importante consumo de vegetais em indivíduos no Paleolítico europeu.
O trabalho será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
O Paleolítico é uma era pré-histórica que se estende da introdução de ferramentas de pedras por hominídeos como Homo habilis, há cerca de 2,5 milhões de anos, até o início da agricultura, há aproximadamente 12 mil anos.
Até agora achava-se que a subsistência no Paleolítico europeu tivesse sido baseada em proteína e gordura animal, com raras evidências de consumo de plantas. Mas em estudo feito a partir de sítios arqueológicos na Itália, Rússia e República Tcheca, um grupo de cientistas desses países descobriu grãos de amido em pedras de cerca de 30 mil anos.
Os padrões de desgaste nas amostras e a presença de amido, verificada a partir de análise com microscopia óptica e eletrônica, permitiram concluir que as pedras foram utilizadas para amassar raízes e grãos, de modo similar ao empregado em um pilão para fazer farinha.
Segundo o estudo de Anna Revedin, do Istituto Italiano di Preistoria e Protostoria, na Itália, e colegas, os resíduos de vegetais nas pedras parecem ser principalmente de plantas ricas em carboidrato e energia.
A descoberta, de acordo com os autores, indica que o processamento de alimentos e a produção de farinhas eram comuns na Europa no período.
O artigo 30,000 year old flour: new evidence of plant food processing in the Upper Paleolithic (doi/10.1073/pnas.1000948107), de Anna Revedin e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org.
Testes ajudam memória
Testes de memorização não mostram apenas como está a capacidade de retenção de informação na memória. Segundo um estudo publicado na revista Science, eles ajudam efetivamente a lembrar e podem melhorar o processo de aprendizagem.
De acordo com a pesquisa, um dos motivos principais para isso parece ser que as pessoas dão a elas mesmas “pistas mentais” mais eficientes quando são testadas do que quando estão estudando.
Mary Pyc e Katherine Rawson, do Departamento de Psicologia da Universidade Kent State, nos Estados Unidos, chamam essas pistas de mediadores, os quais podem ser palavras, frases ou conceitos que ligam uma pista a seu alvo, isto é, o que está se tentando lembrar.
Segundo as pesquisadoras, mediadores usados durante testes têm maiores chances de serem lembrados e usados efetivamente do que aqueles empregados quando se está apenas estudando.
O estudo avaliou mais de 100 estudantes do ensino superior, aos quais foram apresentados 48 pares de palavras em suaíli (idioma banto) e em inglês, como “wingu-cloud” (“nuvem”).
Inicialmente, os pesquisadores solicitaram aos voluntários que sugerissem mediadores – que parecessem ou soassem semelhantes à palavra em suaíli e fossem relacionadas semanticamente com o alvo em inglês. No caso, um exemplo foi “wing” (“asa”).
Os estudantes submetidos a um teste em meio ao processo de memorização apresentaram melhor aproveitamento no teste final do que os demais. E, durante o primeiro teste, pedir aos participantes que lembrassem de seus próprios mediadores escolhidos ajudou ainda mais na melhoria do aproveitamento.
“Fazer testes práticos – especialmente aqueles que envolvem tentativas de recuperar algo da memória – pode aumentar drasticamente as chances de lembrar uma determinada informação posteriormente. Levando-se em conta que, até hoje, centenas de experimentos foram conduzidos para estabelecer os efeitos dos testes na aprendizagem, é surpreendente que saibamos tão pouco sobre por que eles melhoram a memória”, disse Katherine.
O artigo Why Testing Improves Memory: Mediator Effectiveness Hypothesis (doi: 10.1126/science.1191465), de Mary Pyc e Katherine Rawson, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Conclusões Importantes
De leitura agradável e enriquecedora para todos nós que buscamos força e coragem nas provas da vida, Mercival Milani nos dá duas conclusões importantes, que de forma mais marcante deixo aqui a todos vocês:
1 - "Ao seguir um objetivo, o melhor é olhar para frente. Olhar para trás não deve ser encarado como um erro, mas nem sempre isso contribui muito - por vezes, nada.
2 - "E a segunda, diz respeito à maturidade que tanto nos custa ao longo da vida: a experiência não é somente saber onde se quer chegar. É também saber interpretar onde você está."
Para quem quiser mais dicas de como vencer, com esforço próprio, vale a pena ler o livro.
Boa leitura!
Luciana
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Dia da Criança...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Sal de mais e ferro de menos
Especiais -1/10/2010 -Por Alex Sander Alcântara -Agência FAPESP
A partir do sexto mês de vida, crianças nutridas somente com leite materno precisam também passar a se alimentar com alimentos sólidos preparados em casa.
Ao analisar amostras de alimentos de 78 lactentes, entre 6 e 18 meses, um estudo publicado no Jornal de Pediatria indica que eles apresentaram em geral baixo teor de ferro, mas quantidade excessiva de sódio.
O objetivo do estudo, desenvolvido na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade do Estado do Pará (UEPA), foi determinar, por análise química, a composição nutricional de macronutrientes, energia e quantidades de sódio e ferro em alimentos preparados em domicílio para lactantes em Belém (PA) em dois grupos de estratos socioeconômicos diferentes.
O estudo apontou que 95% dos chamados alimentos de transição tinham teor inadequado de ferro no grupo socioeconômico mais baixo, contra 65% no estrato mais elevado. Todas as amostras analisadas, em ambos os grupos, apresentaram quantidade de ferro abaixo do mínimo recomendado (6,0 mg/100 g).
Por outro lado, o excesso de sódio foi constatado em 89,2% e 31,7%, respectivamente, para a referência que é de 200 mg/100 g.
De acordo com Mauro Batista de Morais, professor do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apesar de serem raros os estudos de composição química de alimentos para lactentes preparados em domicílio, a pesquisa mostra que o período de transição é realizado frequentemente de maneira imprópria.
“O estudo lança um alerta em relação à quantidade de sódio encontrada na comida. O termo ‘papa salgada’, frequentemente usado na orientação para que a mãe introduza comida salgada na dieta infantil, deveria ser abolido. O termo funciona como um incentivo para se adicionar mais sal. Preferimos ‘papa para o almoço’”, disse Morais, que é professor da disciplina de Gastroenterologia na Unifesp, à Agência FAPESP .
Segundo o pesquisador, o estudo possibilita uma revisão na elaboração de diretrizes metodológicas na área. A pesquisa corresponde à tese de doutorado de Marcia Bitar Portela Neves, defendida em 2009 na Unifesp, com orientação de Morais.
Atualmente, o pesquisador desenvolve o projeto “Interação da microbiota intestinal e da função digestivo-absortiva com o ambiente social e a condição nutricional: distúrbios intestinais como argumentos para reduzir iniquidades”, com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
O estudo em Belém foi realizado entre junho de 2005 e setembro de 2006. Foram analisadas 78 amostras de alimentos de transição preparados em domicílios. As crianças eram sadias e não apresentavam peso ou estatura baixos para a idade.
As amostras foram coletadas de famílias atendidas em dois tipos de serviço de atendimento pediátrico: na Unidade Materno-Infantil da UEPA e em quatro consultórios privados em Belém. A proposta foi comparar crianças de diferentes estratos socioeconômicos.
As porções – refeições servidas no almoço, como feijão, arroz, macarrão, carne e hortaliças – foram coletadas nas casas dos participantes, congeladas e, posteriormente, enviadas por via aérea a São Paulo, onde foram analisadas no Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp.
Poucos lipídios
Os pesquisadores analisaram quimicamente as proteínas, lipídios, hidrato de carbono, ferro, sódio e valor energético total. De acordo com Tania Beninga de Morais, coordenadora do Laboratório de Bromatologia e Microbiologia de Alimentos da Unifesp e co-orientadora do estudo, o teor de ferro foi escolhido porque sua deficiência é a principal carência nutricional nessa faixa etária.
“Até o sexto mês de vida, o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o lactente. Após essa idade, torna-se necessária a introdução de outros alimentos na dieta. Mas o que temos percebido é que o processo de transição para a dieta da criança se faz de maneira inadequada pela oferta, em quantidade e em qualidade, de alimentos inapropriados. Isso pode ser crítico para a manutenção de um crescimento saudável”, disse Tania.
Segundo ela, a necessidade de ferro nessa faixa etária é de 11 mg/dia nos menores de 1 ano. “Essa taxa é difícil de ser atingida pela alimentação normal, pois as carnes têm teor de ferro relativamente baixo frente à capacidade gástrica reduzida das crianças nessa fase da vida”, explicou.
A pesquisadora conta que a carne bovina, como acém moído e cozido, por exemplo, tem cerca de 3 miligramas de ferro em cada 100 gramas, o equivalente a um bife médio.
O estudo demonstrou também a insuficiência na quantidade de lipídios encontrada nos alimentos. “Acredita-se que a recomendação de limitação da ingestão de lipídios na dieta de adultos esteja, possivelmente, influenciando também a preparação de refeições para as crianças. Ressalte-se que os lipídios são essenciais, nessa fase da vida, na maturação do sistema nervoso”, disse.
De acordo a professora da Unifesp, o excesso de sódio pode ser explicado pelo hábito da população brasileira de consumir sal de cozinha em quantidades muito acima do recomendado, o que pode se refletir também na preparação de alimentos destinados às crianças.
“Educar o paladar dos lactentes para alimentos com baixo teor de sal é importante, uma vez que sua ingestão excessiva está associada com aumento da pressão arterial no futuro”, alertou.
Para ler o artigo Excesso de sódio e déficit de ferro em alimentos de transição, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP),
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um Olhar, o Leque Chinês e as Probabilidades...
Quais são as chances de um Olhar encontrar o Olhar do Outro, através do Leque Chinês???
Para mim o Leque Chinês oferece 1/81 chance de você cruzar o Seu Olhar com o Olhar do Outro!
Num grupo de 20 pessoas, você conseguir tal façanha...
Felicidade é isso!
Nnguém mostra a mão, apenas tenta ver o Outro sob Outra Perspectiva, vários ângulos e muitas probabilidades....
(PIMC set 2010)
sábado, 2 de outubro de 2010
Alarme sanguíneo
© Wikimedia Commons
Molécula da cisteína: teor do aminoácido pode ajudar na detecção da apneia
Estudo de neurologista brasileira sugere que níveis elevados de aminoácido no sangue podem ser um indicador de casos de apneia do sono
Edição Online - 01/10/2010
Uma proteína encontrada normalmente no sangue pode servir de indicador dos casos de apneia do sono, breves interrupções na respiração que afetam o repouso e a qualidade de vida. Comparando compostos encontrados no sangue de pessoas com e sem apneia do sono, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que aqueles que sofrem paradas respiratórias noturnas apresentam níveis sanguíneos mais elevados do aminoácido cisteína, molécula que entra na composição de outras proteínas.
Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono da Unifesp e coordenadora do estudo publicado na revista Chest, comentou esses resultados no programa de rádio Pesquisa Brasil, que vai ao ar às 11h do sábado dia 02/10 na Eldorado AM de São Paulo (700 kHz). Caso se mostrem realmente eficazes, testes simples para detectar o teor de cisteína no sangue poderiam ajudar na detecção do problema, que atualmente é identificado por meio da polissonografia, exame caro em que se avaliam as ondas elétricas do cérebro enquanto a pessoa dorme e exige internação.